COVID-19: anticorpos de doentes podem tratar e prevenir infeções
Cientistas encontraram anticorpos poderosos em certos sobreviventes da COVID-19 que podem tratar pacientes com a doença e até proteger contra infeções O estudo foi realizado com animais pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
DIA MUNDIAL DA HIPERTENSÃO
As estatísticas não podem ser mais esclarecedoras: em 2002 existiam cerca de 972 milhões de hipertensos em todo o mundo e as projecções para 2025 mostram que esse número irá aumentar para 1,56 biliões. LER MAIS
Segundo os autores do estudo, esses anticorpos estão entre os mais potentes contra o novo coronavírus e podem ser produzidos por empresas farmacêuticas em grandes quantidades.
Os cientistas descobriram que os anticorpos de pacientes com COVID-19 grave que se recuperaram podem ser purificados e são fortemente neutralizantes, fornecendo proteção significativa contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) em hamsters, e estão a planear realizar mais estudos noutros animais e pessoas.
Anticorpos são proteínas que se ligam a patógenos invasores para neutralizá-los e marcá-los para destruição pelas células do sistema imunológico.
Atualmente, vários medicamentos e vacinas para a COVID-19 estão em testes clínicos, mas podem demorar meses a estarem disponíveis. Já os anticorpos neutralizantes de coronavírus produzidos por pacientes com COVID-19 podem ser usados para tratar outros pacientes ou até prevenir infeções em pessoas expostas ao vírus.
Os autores observaram que o desenvolvimento e a aprovação de anticorpos para uso como tratamento geralmente levam menos tempo que os medicamentos convencionais. Eles explicam que o uso de anticorpos é semelhante ao uso de soro convalescente de pacientes com COVID-19, mas poderia ser mais eficaz.
O soro convalescente contém uma variedade de anticorpos, mas, como cada paciente tem uma resposta imune diferente, o soro usado para tratar um paciente pode ser bem diferente do soro administrado a outro paciente, com níveis e forças variados de anticorpos neutralizantes, explicaram os autores do estudo.