PSIQUIATRIA

Teletrabalho causa maior impacto emocional durante a pandemia

Dados de um inquérito aplicado à população revelam que profissionais em teletrabalho sentiram que a pandemia afetou mais severamente as suas vidas e sentiram um maior impacto emocional, comparativamente a profissionais que continuaram a exercer a sua profissão presencialmente.

Teletrabalho causa maior impacto emocional durante a pandemia

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Estes são alguns dos resultados preliminares de um estudo, realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com o objetivo de comparar as respostas de participantes durante a fase de confinamento e durante o desconfinamento progressivo.

Além dos participantes em teletrabalho, também os participantes do género feminino revelaram sentir maior impacto emocional face à pandemia de COVID-19, comparativamente aos participantes do género masculino.

Segundo os dados disponíveis, os participantes deste estudo referem ainda uma diminuição do impacto da pandemia de COVID-19 nas suas vidas e uma menor preocupação face à pandemia, na transição de uma fase para a outra. 

A satisfação com a habitação revela-se também uma variável importante. Neste estudo, a maior parte dos participantes revelou estar satisfeito ou muito satisfeito com a sua habitação (84,5 por cento em confinamento e 85,6 por cento no desconfinamento), tendo sido os participantes com menor satisfação em relação à habitação aqueles que sentiram um maior impacto emocional da pandemia durante o desconfinamento.

No que diz respeito à existência de indicadores de depressão, ansiedade e stress, constata-se uma ligeira redução das médias quando comparadas as duas fases, apesar de o nível de stresse continuar elevado.

Mais uma vez, tanto a satisfação com a habitação como o género dos participantes se revelam como variáveis importantes. Verifica-se que participantes menos satisfeitos com a habitação e participantes do sexo feminino apresentam indicadores mais elevados de depressão, ansiedade e stress durante o confinamento. Na fase seguinte, são também as mulheres que se destacam com maiores indicadores de depressão.

Por fim, os resultados preliminares deste estudo revelam uma redução da satisfação conjugal durante estes dois períodos, sendo que este resultado é mais evidente no caso dos participantes do género feminino.

Os resultados sugerem ainda que quanto pior for a satisfação conjugal, mais elevados serão os indicadores de depressão, ansiedade e stress, tendo este resultado sido mais saliente durante o confinamento.

Fonte: Universidade de Coimbra (press release)

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