Jovens são os mais afetados nos rendimentos devido à pandemia
Um estudo realizado pela Intrum sobre o impacto da COVID-19 nos rendimentos revela que os mais afetados pela pandemia são os jovens europeus entre os 22 e os 37 anos de idade.
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De acordo com esta análise, 63 por cento dos jovens portugueses nesta faixa etária sofreu quebra de rendimentos face à pandemia.
Mais de metade dos jovens inquiridos afirma que a COVID-19 teve um impacto negativo no seu bem-estar financeiro, enquanto 22 por cento pediu dinheiro emprestado para cobrir despesas do dia-a-dia.
Este estudo é relativo à edição especial do ‘EPCR 2020 – European Consumer Payment Report’, o ‘White Paper COVID-19, que revela o impacto financeiro da pandemia nos consumidores e nas suas finanças pessoais”.
“O estudo, que abrange 24 países europeus, incluindo Portugal, mostra que a pandemia de COVID-19 afetou as gerações mais jovens, que normalmente não são tão mencionadas quando pensamos no impacto de uma crise financeira”, destaca a Intrum num comunicado.
Segundo este estudo, “as faixas etárias dos 18 aos 21 e dos 22 aos 37 anos foram as mais afetadas pela redução de rendimentos causada pela pandemia de COVID-19 (67 por cento)”.
“Em contrapartida, as gerações mais velhas (55 aos 64 anos) e com mais de 65 anos foram as menos afetadas, com percentagens de 42 e 20 por cento”, adianta ainda o comunicado.
Segundo os responsáveis da Intrum, “em Portugal, 63 por cento dos jovens inquiridos, entre os 22-37 anos, afirma que a COVID-19 teve um impacto negativo no seu bem-estar financeiro, valor bastante superior à média europeia dos jovens inquiridos nesta faixa etária, que se situa nos 53 por cento e também superior à média europeia do total de inquiridos, que é de 47 por cento”.
No que diz respeito às consequências da pandemia, em Portugal, 19 por cento dos jovens com idades compreendidas entre os 22 e 37 anos afirma necessitar por vezes de pedir dinheiro emprestado para pagar as contas durante a pandemia. Média ligeiramente abaixo da europeia, que se situa nos 22 por cento.
Já nas faixas etárias dos 18 aos 21 (33 por cento) e dos 38 aos 44 (11 por cento), os portugueses inquiridos afirmam também já o ter feito, com a média a situar-se nos 22 por cento, neste caso, acima da média europeia com 18 por cento.
Para Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, “os jovens foram fortemente atingidos com as situações de ‘lay-off’ e na sequência do encerramento de empresas, que foram forçadas a fechar devido às medidas aplicadas pelo governo durante a pandemia de COVID-19″.
“Neste período de regresso à normalidade, é importante dar atenção a esta faixa etária entre os 22 e os 37 anos, que representa uma importante força de trabalho e não pode ser esquecida”, conclui o responsável.