TRATAMENTO

Respira e Linde Saúde promovem Reabilitação Respiratória no lar

A Respira - Associação Portuguesa de Pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e outras Doenças Respiratórias Crónicas e a Linde Saúde, empresa que se dedica à prestação de cuidados de saúde domiciliários, assistindo maioritariamente doentes com patologia respiratória crónica, acabam de assinar um protocolo de cooperação que pretende promover o acesso da Reabilitação Respiratória domiciliária às pessoas com DPOC e outras doenças respiratórias crónicas.

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Em Portugal, estima-se que 14,2 por cento da população com mais de 40 anos (cerca de 800 mil pessoas) viva com DPOC, muitos sem diagnóstico confirmado. Desses, segundo Normas de Orientação Clínica (NOC) da DGS, todos os casos sintomáticos, bem como outros casos de doença respiratória crónica estabilizada, deveriam fazer reabilitação respiratória, um tratamento ao qual apenas 0,5 a dois por cento têm acesso, em Portugal.

No sentido de combater estes números e promover o acesso dos seus associados a este tratamento, a Respira assinou um protocolo de cooperação com a Linde Saúde, que está a implementar o serviço de Reabilitação Respiratória Domiciliária.

“É com muita satisfação que damos mais um passo no sentido de ajudar a proporcionar cuidados de saúde imprescindíveis para que as pessoas com DPOC e outras doenças respiratórias crónicas possam ter uma vida mais ativa, com mais qualidade. Ainda que nem todos os doentes precisem de Reabilitação Respiratória, e de esse tratamento ter de ser prescrito pelo médico, consideramos essencial promover o acesso a esta terapia. O Protocolo que agora assinamos representa o nosso compromisso continuado de ofereceremos soluções e apoios às pessoas com doença respiratória crónica”, destaca Isabel Saraiva, presidente da Respira.

Maria João Vitorino, diretora da Linde Saúde, destaca que “a implementação de Reabilitação e Fisioterapia Respiratória Domiciliária veio dar resposta aos doentes que se depararam com a impossibilidade de prosseguir com os seus programas de reabilitação, neste contexto de pandemia de COVID-19. Alargamos a nossa oferta de cuidados de saúde domiciliários, aproximando-nos do doente e dando continuidade à Reabilitação Respiratória com a nossa equipa de fisioterapeutas, com vasta experiência nestes doentes respiratórios crónicos”.

Luísa Morais, fisioterapeuta da Linde Saúde, que partilhou a sua experiência na Reabilitação Respiratória no domicílio durante o webinar - https://uphillhealth.com/resources/5f15ae5a5f150300013a52e5 - realizado para oficializar a assinatura do protocolo, destaca: “embora desafiante para todos, tem sido uma experiência bastante positiva. Fomos capazes de transferir rapidamente a prestação dos cuidados para o domicílio, onde os doentes passaram a ter as sessões de fisioterapia e exercício, com o nosso acompanhamento por telefone ou em casos específicos com visitas presenciais. O maior desafio é manter os canais de comunicação com outros profissionais de saúde que fazem o apoio aos doentes. É muito importante desenvolver formas de interação entre os doentes, recorrendo às plataformas digitais, dado que reabilitar em grupo é sempre muito mais positivo. O coro ‘Respirar a Música’ é um excelente exemplo de promoção dessa interação”.

“Os principais benefícios dos Programas de Reabilitação Respiratória são a melhoria significativa da qualidade de vida e tolerância ao esforço, a diminuição dos sintomas e aumento da funcionalidade, que se traduzem numa expressiva melhoria na autonomia do doente e na autogestão da sua doença”, explicam as duas entidades.

“Os resultados, numa perspetiva de custo-eficiência, refletem uma redução significativa dos custos associados à doença traduzida numa diminuição nas consultas não programadas, idas à urgência e internamentos”, concluem.

Este protocolo assume particular importância numa altura em que é recomendado às pessoas com doenças respiratórias crónicas que se resguardem, sempre que possível, uma vez que são um grupo de risco de desenvolvimento de complicações em caso de infeção por COVID-19.

Fonte: Respira e Linde Saúde

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