Ordens participam na definição da dispensa de medicamentos
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde - Infarmed anunciou que as ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos estarão entre as entidades com voz na definição dos modelos de dispensa de medicamentos em proximidade.
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O Infarmed afirmou, num comunicado, que “o objetivo principal do despacho e da instituição deste grupo (de trabalho) foi o de chamar os hospitais que já vinham a trabalhar em conjunto e que tinham experiência com projetos de dispensa de proximidade, em diferentes modalidades e estádios, a analisar e avaliar conjuntamente essas experiências”.
As ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos manifestaram-se “chocadas” por terem sido excluídas do grupo de trabalho, considerando que, nos moldes em que foi criado, o grupo será inútil.
“Ficamos mais chocados sobretudo quando as duas ordens, e naturalmente os seus profissionais, que é quem está no terreno, durante o período da pandemia fizeram um esforço absolutamente excecional para garantir que conseguíamos que nenhum doente em Portugal ficasse sem a sua medicação durante o período do confinamento”, disse à Lusa a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos.
Num comunicado conjunto, as duas ordens profissionais sublinham que foram igualmente excluídos “de forma absurda” os representantes dos doentes e os parceiros do setor farmacêutico e da distribuição.
Quanto aos representantes dos doentes, o despacho refere que “compete ao grupo de trabalho, no âmbito dos trabalhos a desenvolver, a decisão de consultar e envolver as associações representativas do setor, as associações de doentes ou outras entidades que considere relevantes”.
No comunicado, as ordens dizem também que esta exclusão de profissionais e doentes da discussão sobre temas que lhes dizem diretamente respeito revela do Ministério da Saúde “uma faceta de prepotência e pouco democrática”.
O grupo de trabalho irá avaliar as experiências em curso nos diferentes hospitais do SNS em termos de resultados obtidos e custos associados, e apresentar propostas tendo em vista o desenvolvimento de modelos de circuito de prescrição, gestão e dispensa a adotar pelas instituições do SNS.