CARDIOLOGIA

COVID-19 grave aumenta risco de doenças cardíacas perigosas

Médicos de todo o mundo têm observado cada vez mais ligações entre a COVID-19 grave e problemas cardíacos, mas um novo estudo agora realizado ajuda a revelar a magnitude do problema.

COVID-19 grave aumenta risco de doenças cardíacas perigosas

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O estudo descobriu que a paragem cardíaca e os distúrbios do ritmo cardíaco são dez vezes mais comuns entre os pacientes com COVID-19 que necessitam de cuidados intensivos do que entre outros pacientes com COVID-19 hospitalizados.

O motivo pelo qual o risco sobe tanto na UCI não está claro, mas provavelmente está relacionado com o stress associado a doenças avançadas, e não com uma atividade direta do novo coronavírus no coração.

De acordo investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, causas não cardíacas, como infeção sistémica, inflamação e doença, provavelmente contribuirão mais para a ocorrência de paragem cardíaca e arritmias do que as células cardíacas danificadas ou infetadas com o SARS-CoV-2.

O estudo incluiu 700 pacientes com COVID-19, com idade média de 50 anos de idade, que foram admitidos no Hospital da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, entre o início de março e meados de maio. Mais de 70 por cento dos pacientes eram negros.

No total, nove pacientes sofreram paragem cardíaca, 25 desenvolveram batimento cardíaco irregular conhecido como fibrilação atrial, nove tiveram bradiarritmias clinicamente significativas (ritmos cardíacos lentos) e dez tiveram “eventos de taquicardia ventricular não sustentada”, uma frequência cardíaca rápida que para sozinha em 30 segundos.

Dos pacientes do estudo, cerca de 11 por cento foram admitidos na UCI. Os únicos casos de paragem cardíaca ocorreram entre pacientes na UCI.

Os cientistas consideram ser fundamental melhorar a compreensão sobre como a COVID-19 afeta vários órgãos e vias do corpo, incluindo as anormalidades do ritmo cardíaco. Além disso, destacam que são necessárias mais pesquisas para avaliar se a presença de arritmias cardíacas tem efeitos a longo prazo na saúde de pacientes hospitalizados devido a infeção por COVID-19.


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