Descoberta proteína que poderá reduzir danos de ataques cardíacos
Um estudo publicado no Journal of Biological Chemistry revela que cientistas da Universidade Estatal de San Diego, nos Estados Unidos, descobriram uma proteína no coração que pode reduzir os danos de um ataque cardíaco e aumentar a taxa de sobrevivência.
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Após um ataque cardíaco, são colocados stents em muitos doentes para abrir artérias bloqueadas. Este processo que ajuda a oxigenar o coração, a longo prazo, pode, no entanto, ter consequências, devido ao aumento do oxigénio disponível.
Os investigadores afirmam que o aumento de oxigénio que ocorre assim que o stent é implantado atordoa as células cardíacas e algumas delas morrem, o que aumenta os danos irreparáveis ao coração.
Os autores do estudo descobriram que a proteína MANF (fator neurotrófico derivado de astrócitos mesencefálicos) atua corrigindo outras proteínas que se desdobraram, minimizando o efeito de atordoamento das células cardíacas.
A investigação induziu um ataque cardíaco em ratos geneticamente modificados e observou como estes reagiam com e sem a proteína. Observou-se que os ratos reagiram muito melhor quando a MANF estava presente, atuando como um regulador.
Os investigadores encontraram provas de que o stress oxidativo inicial após um ataque cardíaco é seguido por um efeito oposto potencialmente prejudicial. O stress redutor é como uma reação exagerada onde o oxigénio é utilizado rapidamente pelo coração podendo ser esgotado. O estudo verificou que a MANF diminuiu este efeito.
A descoberta poderá levar a que a proteína seja administrada como um medicamento às vítimas de ataques cardíacos por via intravenosa, consideram os autores do estudo.