SINTOMA

Centro Champalimaud une-se a projeto para monitorizar olfato

Portugal, através do Centro Champalimaud, em Lisboa, associou-se a um projeto criado em Israel que permite às pessoas fazerem numa plataforma na Internet a monitorização do olfato.

Centro Champalimaud une-se a projeto para monitorizar olfato

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O teste olfativo online, SmellTracker, foi concebido no laboratório do neurocientista Noam Sobel, do Instituto Weizmann, em colaboração com o Centro Médico Wolfson, ambos em Israel, com base num algoritmo desenvolvido anteriormente para caracterizar a assinatura digital olfativa de uma pessoa.
 
O algoritmo do SmellTracker permite mapear a perceção do olfato a partir de cinco grupos de cheiros habitualmente disponíveis em casa, como os de café, chá, sumos, mel, canela, cebola, alho, azeite, vinagre, mostarda, ovo cozido, enlatados, perfume, champô, detergente de roupa, sabonete, protetor solar, ervas aromáticas ou molho de soja.
 
“Uma vez que a disfunção do olfato e a anosmia (perda do olfato) são um dos sintomas mais fiáveis e precoces da COVID-19, o SmellTracker pode ser usado para identificar estes sintomas”, disse à Lusa o neurocientista Zachary Mainen, do Centro Champalimaud, que coordena a equipa que vai analisar os casos reportados de Portugal.
 
Segundo Zachary Mainen, o teste olfativo, não sendo um diagnóstico médico, “pode ajudar as pessoas a tomarem decisões mais bem informadas sobre a sua própria saúde e a procurarem assistência médica sem demora”.
 
Além disso, se o SmellTracker for “amplamente adotado pela comunidade, pode ser usado como um detetor precoce e preciso da propagação da doença”, permitindo às autoridades de saúde “responderem rapidamente a um surto ou ressurgimento da COVID-19 na comunidade”, acrescentou o neurocientista.
 
O teste, rápido e simples, pede às pessoas para cheirarem cinco aromas, que selecionam de uma lista de cheiros agrupados em cinco categorias, e para classificarem a sua intensidade e agradabilidade em função de uma escala.
 
Os dados ficam registados na plataforma, podendo o teste ser repetido, para os mesmos itens, em dias sucessivos para que a informação possa ser comparada e, assim, se rastrear a progressão da perceção do olfato durante a pandemia e obter potenciais marcadores para o início da doença.

Fonte: Lusa

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