Vit D combate efeito secundário da imunoterapia anticancerígena
Um estudo publicado na revista Cancer revela que cientistas norte-americanos descobriram que suplementos de vitamina D podem ajudar a evitar um efeito secundário potencialmente grave de um tipo de terapia anticancerígena.
DIETA E NUTRIÇÃO
CARNES BRANCAS
Caraterizadas pelo seu elevado conteúdo proteico, de alto valor biológico e nutricional, desde tempos imemoriais que o homem adicionou à sua dieta as carnes de peixe, mamíferos e aves, tendo-se tornado a base alimentar da grande maioria da população universal. Há no entanto uma subtil diferença entre os vários tipos e, quando nos referimos a carne, raramente associamos o termo à carne de peixe, mas sim ao tecido muscular dos mamíferos e das aves quando usados na alimentação. LER MAIS
Os inibidores do checkpoint imunológico ajudam o sistema imunitário a reconhecer e combater as células cancerígenas e, embora estes tratamentos ajudem a prolongar a vida de muitos doentes, podem causar efeitos secundários como a colite, uma reação inflamatória no cólon.
Os autores do estudo avaliaram se o consumo de suplementos de vitamina D poderia reduzir o risco de colite em doentes que recebem inibidores do checkpoint imunológico para tratar o cancro.
A equipa escolheu utilizar estes suplementos porque estudos anteriores descobriram que a vitamina D pode afetar o sistema imunitário em casos de doenças autoimunes e de doença inflamatória intestinal.
O estudo incluiu dados de 213 doentes com melanoma que receberam inibidores do checkpoint imunológico entre 2011 e 2017.
Durante o estudo, foi possível verificar que 37 (17 por cento) destes doentes desenvolveram colite e 66 (31 por cento) tomaram suplementos de vitamina D antes do inicio o tratamento com inibidores do checkpoint imunológico.
Os doentes que tomaram vitamina D tinham 65 por cento menos probabilidades de desenvolver colite. Estes resultados foram validados noutro grupo de 169 doentes, dos quais 49 (29 por cento) desenvolveram colite. Neste grupo de validação, a utilização de vitamina D foi associada a 54 por cento de probabilidade mais baixa de desenvolvimento de colite.