A investigação, realizada em parceria com as universidades de Northwestern, do Illinois e Murdoch, todas nos Estados Unidos, analisou níveis de 46 diferentes metabólitos na urina de 1 848 pessoas.

Os metabólitos são considerados um indicador objetivo da qualidade da dieta - e são produzidos à medida que diferentes alimentos são digeridos pelo organismo.

Publicado na revista Nature Food, o estudo revelou uma associação entre 46 metabólitos na urina e tipos de alimentos ou nutrientes na dieta. Por exemplo, certos metabólitos correlacionaram-se com a ingestão de álcool, enquanto outros estavam relacionados com a ingestão de frutas cítricas, frutose (açúcar das frutas), glicose e vitamina C.

A equipa também encontrou metabólitos na urina associados à ingestão alimentar de carnes vermelhas, de outras carnes, como frango, e nutrientes, como cálcio.

Certos metabólitos também estavam relacionados com condições de saúde - por exemplo, compostos encontrados na urina, como formato e sódio (um indicador da ingestão de sal), surgiram ligados à obesidade e pressão alta.

Num segundo estudo, também publicado na revista Nature Food e realizado pela mesma equipa do Imperial College London, os cientistas usaram a mesma tecnologia para desenvolver um teste de cinco minutos para revelar que a mistura de metabólitos na urina varia de pessoa para pessoa.

A equipa diz que a tecnologia, que produz a impressão digital da urina de um indivíduo, pode permitir que as pessoas recebam conselhos sobre alimentação saudável, adaptados à sua composição biológica individual.

Isso é conhecido como “nutrição de precisão” e pode fornecer aos profissionais de saúde informações mais específicas sobre a qualidade da dieta de uma pessoa.