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Escoliose: listas de espera podem agravar-se devido à pandemia

No âmbito do Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, que se assinala todos os anos no último sábado do mês de junho e este ano a dia 27 de junho, a coordenação da campanha “Josephine” reforça que não se deve menosprezar a escoliose pelo impacto que pode ter, a longo prazo, na vida de uma criança.

Escoliose: listas de espera podem agravar-se devido à pandemia

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E deixa o alerta: as listas de espera que, em circunstâncias normais, já apresentam um ano e meio de atraso, podem agravar-se devido à pandemia da COVID-19.
 
“As patologias de coluna são altamente incapacitantes e fonte de um decréscimo na qualidade de vida de uma pessoa - a escoliose representa uma parte destas patologias. E, num período em que se vive com a pandemia da COVID-19 e a necessidade de dar respostas às consultas e cirurgias que ficaram em atraso, é necessário compreender que existe uma redução de salas de blocos, anestesistas, e um tempo operatório insuficiente.

Para conseguirmos dar resposta, é necessária uma atualização de guidelines, orientações claras para cada doente e uma política de saúde que permita acompanhar todos os casos sem impactar os próprios profissionais de saúde,” afirma João Lameiras Campagnolo, Ortopedista no H. D. Estefânia (Lisboa) e coordenador da Campanha “Josephine Explica a Escoliose”.
 
A escoliose é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes e tem um grande impacto na autoestima por provocar uma deformidade visível em forma de ‘S’ na coluna. Esta doença é mais comum a partir dos 10 anos, uma idade crítica do crescimento das crianças (perto do início da adolescência).

O diagnóstico e tratamento precoce, as possibilidades de tratamento e informação acerca dos riscos são fundamentais para evitar o impacto da escoliose na vida de uma criança.
 
“É importante perceber que as crianças que não recebem o devido tratamento sofrem com um impacto, a longo prazo, na sua vida. É preciso combater as situações anacrónicas, desadequadas, com barreiras focadas na receita e com uma burocracia avassaladora que não permite que as aprovações – particularmente de tratamentos não cirúrgicos, como os coletes – sejam submetidas a tempo.

As opções de tratamento podem incluir o uso de colete de correção, em casos menos graves, ou cirurgia à coluna, que atualmente revela ser um procedimento com elevada segurança e sucesso terapêutico,” menciona João Lameiras Campagnolo.
 
A coordenação da campanha Josephine reforça ainda que “se existir uma diferença de altura entre os ombros, se a cintura se apresentar descaída de um dos lados, ou se for identificada uma proeminência da caixa torácica quando a criança dobra/flecte o tronco para diante, o próximo passo é procurar o médico”.

Fonte: Campanha Josephine

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