DEPRESSÃO

Cetamina eficaz no combate à depressão

Um estudo publicado na revista Translational Psychiatry revela que cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriram que o medicamento anestésico cetamina demonstrou, em doses baixas, ter um efeito rápido na depressão de difícil tratamento.

Cetamina eficaz no combate à depressão

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Os autores do estudo fizeram uma imagiologia ao cérebro dos participantes no estudo utilizando uma tomografia por emissão de positrões (PET sigla em inglês) em conexão com o tratamento com cetamina.
 
Na primeira fase do estudo, 30 pessoas com depressão de difícil tratamento foram aleatoriamente atribuídas a um grupo de infusão de cetamina (20 indivíduos) ou a um grupo de placebo (soro fisiológico). O cérebro dos participantes foi avaliado com um exame PET antes da infusão e 24-72 horas depois da mesma.
 
Na fase seguinte, os que assim o desejaram (29 indivíduos) receberam cetamina duas vezes por semana durante duas semanas. O resultado foi que mais de 70 por cento das pessoas tratadas com cetamina responderam ao medicamento de acordo com uma escala de classificação para depressão.
 
A serotonina desempenha um papel fundamental na depressão e pensa-se que os baixos níveis estão ligados a doenças mais graves, existindo 14 tipos diferentes de recetores para este neurotransmissor na superfície dos neurónios, disseram os investigadores. Os cientistas utilizaram um marcador radioativo, nas imagens PET, que se liga especificamente aos recetores da serotonina 1B.

O estudo descobriu que a cetamina funcionava através destes recetores num mecanismo de ação anteriormente desconhecido. A ligação a este recetor reduz a libertação de serotonina, mas aumenta a dopamina.
 
De acordo com os autores do estudo, a cetamina tem a vantagem de ter uma ação muito rápida, mas, ao mesmo tempo, é um fármaco de classe narcótica que pode conduzir à toxicodependência. Por isso, os investigadores planeiam avaliar, em estudos futuros, se este recetor pode ser um alvo para medicamentos novos e eficazes que não tenham os efeitos adversos da cetamina.

Fonte: Science Daily

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