Queda na vacinação deve-se sobretudo a adultos e adolescentes
A coordenadora da equipa do Plano Nacional de Vacinação (PNV), Teresa Fernandes, esclareceu que a maior parte da quebra registada no número de vacinas administradas “tem a ver com a vacinação de adultos e adolescentes”.
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Teresa Fernandes afirmou que o número de vacinas administradas em maio caiu mais de 40 por cento, em comparação com maio de 2019, observando que os dados deste ano não abrangem todo o mês de maio, estando incompletos.
A mesma responsável admitiu, contudo, que, devido à pandemia, os números da vacinação sofreram uma queda, mas vincou que o problema não está tanto na vacinação das crianças até aos 18 meses, mas nas crianças de cinco anos e sobretudo nos adultos e adolescentes.
A coordenadora da equipa do PNV destacou que, desde o início de maio, está a ser regularizado o processo de vacinação junto dos centros de saúde de todo o país, apelando para que as pessoas em falta façam a marcação por telefone ou e-mail junto do respetivo centro para tomarem a vacina.
A responsável reconheceu que alguns centros de saúde possam estar “mais limitados” no atendimento, devido à COVID-19, no entanto, salienta que a vacinação e os cuidados primários nos centros de saúde têm atendimento separado dos casos de COVID-19. Além disso, estão em curso medidas de higienização e proteção individual nesses espaços.
Teresa Fernandes admitiu também que esta descida poderá ter resultado do facto de as pessoas, terem, muitas delas e sobretudo em Lisboa, adquirido vacinas de venda livre nas farmácias e as tenham administrado através de instituições privadas, razão pela qual ainda não terá havido o cruzamento final dos dados sobre a vacinação dos portugueses.
A coordenadora do PNV do SNS garantiu ainda à Lusa que está “tudo encaminhado” para que os índices de vacinação voltem aos normais e apelou a todos os portugueses que insistam e façam quanto antes a marcação para serem vacinados nos centros de saúde, onde houve “reforço das linhas telefónicas” para o efeito.