AUTISMO

Exposição a bactérias boas na gravidez diminui risco de autismo

Um estudo publicado na revista Brain, Behavior, and Immunity revela que cientistas da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, descobriram que a administração de bactérias benéficas a grávidas stressadas previne o autismo nos bebés.

Exposição a bactérias boas na gravidez diminui risco de autismo

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Num estudo anterior, já tinha sido descoberto que, quando os ratos eram expostos ao stress e lhes era administrada uma droga chamada terbutalina, as suas crias demonstravam uma síndrome de autismo, incluindo as duas características distintivas dos défices sociais e do comportamento repetitivo, sendo que também desenvolveram um distúrbio convulsivo tipo epilepsia.
 
Durante a investigação, os autores expuseram ratos a fatores de stress ligeiro e deram-lhes terbutalina durante o que seria o equivalente ao terceiro trimestre de gravidez em humanos.
 
Metade recebeu também uma série de injeções de uma preparação termorrecetora de uma bactéria amigável conhecida como Mycobacterium vaccae (M. vaccae), que possui efeitos anti-inflamatórios duradouros no cérebro. Um terceiro grupo de controlo de ratos não recebeu qualquer tratamento.
 
Aos dois e quatro meses, as crias foram submetidas a uma série de testes que avaliaram, entre outras coisas, o seu grau de interação social e se apresentavam comportamentos repetitivos.

Tal como no estudo anterior, as crias cujas mães tinham sido stressadas e a quem tinha sido dada terbutalina mostraram comportamentos de autismo, mas aqueles que tinham sido imunizados com M. vaccae não mostraram quaisquer sinais da doença.
 
Foi possível observar que a inoculação não pareceu proteger contra o desenvolvimento de convulsões, mas, como a epilepsia tende a se desenvolver mais tarde na vida, estes pretendem repetir a experiência com uma amostra maior e um período de tratamento mais longo.
 
O autismo e a epilepsia manifestam-se frequentemente em conjunto nos seres humanos, com cerca de 30 por cento dos indivíduos autistas exibindo sintomas epiléticos, tais como convulsões. A inflamação induzida por stress provavelmente desempenha um papel em ambos, acreditam os cientistas.

O estudo reforça a ideia de que a exposição a microrganismos benéficos pode desempenhar um papel crítico no desenvolvimento do cérebro no útero.

Fonte: Science Daily

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