Sabe porque comer peixe reduz risco de doenças cardiovasculares?
Um estudo de cientistas espanhóis e norte-americanos descobriu que o consumo de ómega-3 pode modular as lipoproteínas e, consequentemente, reduzir o risco de doenças cardiovasculares. A investigação foi publicada no Journal of American Heart Association.
MEDICINA E MEDICAMENTOS
ANTIBIÓTICOS, USAR COM MODERAÇÃO
A resolução do problema da resistência bacteriana deve começar por cada um de nós. Preservar, para manter a eficácia destes "medicamentos milagrosos", é uma responsabilidade de todos. LER MAIS
Os investigadores recorreram ao uso de ressonância magnética nuclear para analisar o plasma de 26 034 mulheres com uma idade média de 53 anos (a maioria entre 48 e 59 anos).
A ressonância magnética nuclear é um método que pode ir mais além da simples análise do teor de triglicéridos e colesterol, podendo quantificar o número e tamanho dos diferentes subtipos de lipoproteínas plasmáticas.
Os três tipos de ácidos gordos ómega-3 estudados, nomeadamente ácido α-linolénico (ALA), ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA), estão presentes nos peixes e outros alimentos e são essenciais para a fisiologia humana.
Verificou-se, neste estudo, que o aumento do consumo de colesterol LDL dos peixes está associado ao colesterol transportado pelas maiores partículas LDL, que são menos aterogénicas, e não a um aumento do número total de partículas LDL.
Observou-se igualmente uma diminuição de todas as partículas que transportam triglicéridos e, além disso, o tamanho médio das partículas HDL e LDL aumentou, um fenómeno que está associado a uma maior proteção contra doenças cardiovasculares.
Esta diminuição no número de triglicéridos transportados por qualquer tipo de lipoproteína ajuda a proteger o indivíduo de doenças cardíacas, disseram os autores do estudo.
Os investigadores concluíram ainda que outros fatores nutricionais afetam o resultado, como o consumo de outros alimentos, a concentração de ómega-3 de acordo com a origem dos peixes e fatores de risco tradicionais, como um estilo de vida sedentário, a idade, o índice de massa corporal e o tabagismo.