A pesquisa, publicada no American Journal of Clinical Nutrition, revela mais evidências da existência de uma relação entre o intestino de uma pessoa e o seu cérebro, para além de fornecer mais um motivo para as pessoas reduzirem a quantidade de gordura saturada presente na dieta.

Durante o estudo, os cientistas analisaram os efeitos das gorduras saturadas nos níveis de concentração de uma pessoa a curto prazo; para isso, basearam-se em dados de um outro estudo que explorou os efeitos que as refeições ricas em gorduras saturadas tiveram sobre a inflamação e o cansaço entre mulheres diagnosticadas com cancro.

No dia da avaliação, cada um dos 51 participantes fez um teste de desempenho contínuo para identificar uma linha de base. Esse teste mediu a concentração, a atenção prolongada e os tempos de reação. Os participantes consumiram uma de duas refeições, sendo que uma era rica em gordura saturada, e a outra não.

Entre uma e quatro semanas depois, os participantes voltaram a fazer os testes novamente, mas, desta vez, trocaram a refeição que comiam.

Os cientistas descobriram que aqueles que consumiram as refeições com alto teor de gordura saturada tiveram um desempenho pior nos testes de desempenho contínuo do que aqueles que consumiram refeições com pouca gordura saturada.

Embora o estudo não tenha explicado o porquê de os alimentos ricos em gorduras saturadas afetarem adversamente a capacidade cognitiva de uma pessoa, os cientistas acreditam que estes podem aumentar a inflamação, o que, por sua vez, afeta a saúde cerebral.