Alimentos ricos em proteínas aumentam a produção de dopamina, uma hormona libertada pelo cérebro que contribui para sensações de prazer e satisfação. Isso leva à diminuição da ingestão de alimentos, o que pode beneficiar pessoas que precisam de perder peso, como aquelas com sobrepeso ou obesidade.

Os cientistas, que observaram que a não ingestão do pequeno almoço se está a tornar uma prática comum entre adolescentes, recrutaram 20 mulheres adolescentes que estavam acima do peso ou eram obesas.

Foi pedido a algumas dessas mulheres que tomassem um pequeno almoço que continha 13 g de proteína ou 35 g de proteína ou que continuassem sem ingerir essa refeição; a experiência durou seis dias consecutivos.

Ao sétimo dia, os cientistas pediram às mulheres que respondessem a questionários alimentares e recolheram amostras de sangue para medir a sua produção de dopamina.

Segundo os resultados, ambos os grupos que ingeriram o pequeno almoço experimentaram um desejo reduzido de consumir alimentos doces e salgados após as refeições; as participantes também tinham níveis elevados de ácido homovanílico, um marcador da produção central de dopamina, no sangue.

Além disso, os cientistas descobriram que as participantes que ingeriram um pequeno almoço rico em proteínas tiveram reduções maiores nos seus desejos de alimentos salgados pós-refeição do que aquelas que ingeriram um pequeno almoço normal. As mesmas mulheres também mantiveram aumentos nas concentrações de ácido homovanílico antes do almoço.

Os resultados sugerem que a produção de dopamina, conforme indicado pelos níveis de ácido homovanílico no sangue, está diretamente ligada à ingestão de proteínas ao pequeno almoço.