A presença de alumínio em tubos de água não é rara e, nas quantidades que os cientistas observaram, não será um problema para a saúde; no entanto, este estudo, desenvolvido pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, foi o primeiro a examinar de que forma esses níveis podem afetar o sistema municipal de distribuição de água.

Os cientistas fizeram várias experiências e descobriram que, em laboratório, o alumínio tem um efeito pequeno, mas importante, na solubilidade do chumbo sob certas condições; os resultados foram publicados na revista Environmental Science & Technology.

Em modelos simplificados, os cientistas observaram de que forma o fosfato, o alumínio e uma combinação dos dois afetavam uma faixa de chumbo num pote de água com uma composição próxima à encontrada em muitos sistemas de tratamento de água.

O objetivo: entender melhor a solubilidade do chumbo, ou a quantidade que se dissolveria e entraria na água quando impactada por esses produtos químicos.

No frasco em que apenas o alumínio foi adicionado, não houve qualquer efeito sobre a solubilidade do chumbo; o chumbo dissolveu-se na água a uma concentração de cerca de 100 microgramas por litro.

No frasco em que apenas o fosfato foi adicionado, a concentração de chumbo na água diminuiu de cerca de 100 microgramas por litro para menos de um.

No frasco em que foram adicionados alumínio e fosfato, a concentração de chumbo na água diminuiu de cerca de 100 microgramas por litro para cerca de dez microgramas por litro.

Dez microgramas de chumbo por litro de água ainda estão abaixo dos padrões de água potável, mas ainda existia mais chumbo na água do que o visto no frasco sem alumínio.

Assim, os cientistas defendem que a presença de alumínio pode prejudicar a solubilidade do chumbo e, desta forma, afetar a saúde de pessoas que ingerem água disponibilizada pelos sistemas municipais de água.