PANDEMIA

SPAIC esclarece relação entre angioedema hereditário e COVID-19

Apesar de não haver ainda dados sobre o angioedema hereditário e a COVID-19, sabe-se que o stress emocional condicionado pelo isolamento social, as infeções (incluindo a COVID-19) e as manipulações médico-cirúrgicas (incluindo a entubação realizada para ventilar os doentes com COVID-19 grave), podem desencadear um episódio de angioedema.

SPAIC esclarece relação entre angioedema hereditário e COVID-19

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Assinalou-se no passado domingo o Dia Mundial do Angioedema Hereditário, uma doença genética rara, caracterizada principalmente por crises com inchaços ou angioedema além de dores abdominais e, por vezes, do risco de asfixia por edema da glote/laringe.

Sem tratamento, essas crises duram cerca de dois a cinco dias e podem ser causadas por traumas, stress, mudança de temperatura, tratamento dentário, cirurgias, endoscopia, exercício físico entre outros fatores desencadeadores.

Em geral é doloroso, debilitante e o sintoma mais temido é o inchaço inesperado da laringe (glote), o que pode levar à morte por asfixia. Não há cura para o angioedema hereditário atualmente, mas existem tratamentos.

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) acaba de lançar um Esclarecimento sobre Angiodema Hereditário e COVID-19, disponível no site da sociedade https://www.spaic.pt/noticias/covid19.

A Takeda irá apoiar a SPAIC num encontro online que irá abordar o angioedema hereditário, a COVID-19 e como ajudar os doentes, respetivas famílias e profissionais de saúde a perceber formas de minimizar o impacto da COVID-19 no tratamento e acompanhamento do angioedema hereditário. Ainda no decorrer no mês de maio será divulgada a data para realização da sessão de informação online.

Em Portugal, no final de 2019, a Direção-Geral da Saúde emitiu a nova Norma de Orientação Clínica (NOC) para o diagnóstico e terapêutica do angiodema hereditário. O presidente da SPAIC, Manuel Branco Ferreira, afirma que “a compilação num documento único representa um contributo essencial no sentido de homogeneizar, melhorar e introduzir a inovação mais recente nos cuidados prestados às pessoas com angiodema hereditário, doença crónica, sem cura. Esta NOC protocoliza decisões clínicas que se devem adotar nesta área relacionadas com o tratamento profilático de longa duração e também com o tratamento agudo de crise - de acordo com as guidelines internacionais”.

O angioedema hereditário afeta cerca de uma em 10 000 a uma em 50 000 pessoas em todo o mundo. Muitas vezes é pouco reconhecido, sub-diagnosticado e sub-tratado.

O diagnóstico de Angioedema Hereditário é de extrema importância tendo em conta que é potencialmente fatal e necessita de terapêutica específica, não tendo os anti-histamínicos e corticoides qualquer benefício no tratamento desta entidade clínica.

Fonte: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)

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