PANDEMIA

Projeto solidário converte máscaras de snorkeling em ventiladores

No âmbito do movimento tech4COVID19, está a ser desenvolvida uma solução que transforma uma máscara de snorkeling em equipamento de ventilação não invasiva para pacientes e em equipamento de proteção individual para profissionais de saúde.

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O projeto chama-se 2BREATH e promete ajudar a prevenir uma eventual escassez de equipamentos nas unidades de saúde do país.

O equipamento já está a ser utilizado noutros países e está agora a ser testado por mais de 40 profissionais de saúde portugueses, de cerca de 20 hospitais, com o apoio de mais de dez empresas de engenharia de todo o país.

Disponíveis para serem testadas por profissionais de saúde especializados, a máscara e as suas válvulas devem ser utilizadas apenas em caso de emergência, em situações de falta de equipamento nas unidades de saúde e de acordo com um protocolo uniformizado pela Universidade do Minho.

Ao longo das últimas semanas, o projeto focou-se na melhoria da capacidade de vedação da máscara, no desempenho do filtro, acumulação de CO2 e na sua usabilidade clínica.

As conclusões dos primeiros estudos efetuados foram partilhadas com o Infarmed, de forma a que esta entidade possa dar um parecer orientador para uma utilização adequada, de acordo com os protocolos médicos.

Neste momento, é já possível às unidades de saúde adquirir este equipamento através do site da plataforma e seguindo todas as indicações sobre o processo de aquisição do equipamento. Depois de entregue, os responsáveis da iniciativa acompanharão toda a experiência dos profissionais de saúde, percebendo o real resultado e utilidade da solução.

“Como grupo de voluntários com o objetivo comum de contribuir para o combate à pandemia, organizámos esta resposta de emergência à possível escassez de recursos para ventilação não invasiva de pacientes internados, vítimas da atual pandemia, mas também como potencial ajuda à proteção individual dos profissionais de saúde, que todos os dias combatem a COVID-19. Identificamo-nos assim como uma força que está já a pensar num futuro possível, uma vez que o equipamento criado é uma solução de emergência simples e acessível a todos, mas que não deve substituir os materiais e equipamentos oficiais, sempre que estejam à disposição”, refere Nuno Frazão, responsável do projeto e CEO da Positive Benefits.

O projeto, coordenado pela Positive Benefits em Portugal, tem como parceiros a Lusíadas Saúde, no apoio à gestão, suporte clínico e investimento de impacto, a Universidade do Minho, como parceiro clínico para realização dos testes oficiais e protocolo, a Decathlon, enquanto fornecedor das máscaras, as empresas Done Lab, CODI e Tekever, responsáveis pela produção de adaptadores (válvulas), a Luggit, na frente de logística e distribuição, e o Santander, como investidor de impacto. O projeto conta ainda com o apoio de outros hospitais, universidades, empresas de engenharia e organizações da sociedade civil.

Deste projeto, e através de alguns destes parceiros, estão já a nascer potenciais projetos de inovação para a potencial criação de equipamentos e dispositivos médicos associados às máscaras de proteção individual para profissionais de saúde, entre outros, que podem, no futuro, ser uma mais-valia para o combate a esta epidemia.

Fonte: Movimento tech4COVID19

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