AUTISMO

Crianças com autismo têm maior risco de distúrbios alimentares

Estudos já realizados descobriram que o autismo e os distúrbios alimentares podem ocorrer em conjunto, uma vez que entre 20 a 30 por cento dos adultos com transtornos alimentares têm autismo e entre três a dez por cento das crianças e jovens com autismo sofrem de transtornos alimentares. No entanto, não ficou claro se os traços autistas resultam de distúrbios alimentares ou se os precedem.

Crianças com autismo têm maior risco de distúrbios alimentares

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Um novo estudo, publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry, mostrou que os traços de autismo na infância surgem antes dos comportamentos caraterísticos dos transtornos alimentares e, portanto, podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas com a alimentação.

Segundo os cientistas, crianças pequenas com traços de autismo aos sete anos têm mais probabilidade do que os seus pares de desenvolver sintomas de transtorno alimentar na adolescência.

O estudo envolveu 5 381 adolescentes que participaram em pesquisas longitudinais desde o nascimento, como parte do estudo de coorte da Universidade de Bristol, no Reino Unido, nos anos 90.

Os cientistas investigaram caraterísticas de autismo relatadas pelas mães, em vez de um diagnóstico de autismo, o que significa que os resultados do estudo envolveriam crianças que não tinham necessariamente autismo, mas também incluiriam crianças com autismo que talvez não tivessem sido diagnosticadas.

No grupo de estudo, 11,2 por cento das meninas relataram pelo menos um comportamento alimentar desordenado no ano anterior, em comparação com 3,6 por cento dos meninos.

Adolescentes com transtornos alimentares apresentaram níveis mais altos de traços autistas aos sete anos, sugerindo que os traços autistas antecederam a desordem alimentar. Os distúrbios alimentares são muito raros aos sete anos.

As crianças que apresentaram traços de autismo mais altos aos sete anos tiveram 24 por cento mais propensão a ter comportamentos alimentares desordenados semanais aos 14 anos.

Uma análise mais aprofundada confirmou que os distúrbios alimentares aos 14 anos não pareceram aumentar os traços de autismo aos 16 anos.


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