Podologistas retomam atividade de consultas programadas
A Associação Portuguesa de Podologia (APP), seguindo as orientações das Entidades de Saúde, avança que a atividade de podologia nas clínicas e consultórios de podologia deve ser retomada, de forma gradual e consciente, tendo em consideração as medidas já recomendadas e necessárias no controlo da infeção provocada pela COVID-19.
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“Face ao levantamento do Estado de Emergência, entendemos que a retoma da atividade de consultas programadas de podologia deve ser de forma segura e progressiva. Neste período, de retoma, devemos ser cautelosos e adotar as medidas de prevenção e contenção da transmissão da doença, que toda a população, e de forma particular os profissionais de saúde, têm em consideração para o controlo da epidemia”, justifica Manuel Portela, presidente da APP.
“Somos agentes de saúde publica no controlo da infeção, na prevenção de recidivas e de novos picos da pandemia. Entendemos que a segurança e a proteção de todos os agendes é imprescindível e por isso devemos seguir com rigor o protocolo recomendado pela APP. Nesta fase de reinício, durante a realização das consultas, os profissionais devem dar prioridade às situações e consultas anteriormente adiadas e mais urgentes e, sempre que possível, os procedimentos cirúrgicos devem ser programados em função da situação de urgência”, acrescenta Manuel Portela.
A retoma das consultas programadas de podologia deve ser realizada tendo em consideração todas as medidas de autoproteção, proteção dos colaboradores da clínica e de uma forma muito cautelosa de proteção dos doentes.
Assim, e de acordo com as orientações das Entidades de Saúde, a APP recomenda a adoção do seguinte protocolo nas consultas de podologia:
Colocar cartazes na sala de espera e na casa de banho sobre o procedimento de lavagem das mãos e de etiqueta respiratória; retirar da sala de espera revistas, folhetos e outros objetos que possam ser manuseados por várias pessoas;
Colocação de acrílico no balcão de atendimento para evitar circulação de aerossóis entre o doente e o pessoal da receção;
Dar formação às auxiliares e assistentes dos consultórios sobre os procedimentos de proteção e higienização constante dos espaços, superfícies, cadeiras, equipamentos; terminais de Pagamento Automáticos;
Sempre que possível implementar circuitos de circulação de doentes e profissionais para evitar cruzamentos entre pessoas no interior da clínica;
Aferir junto do paciente se apresenta sintomas compatíveis com o COVID-19 (febre, ainda que modesta; tosse; espirros; conjuntivite; diarreia; rinite), se esteve em viagem ou em contacto com pessoas infetadas pela COVID-19; gerir as marcações de forma a evitar ter mais que um utente em sala de espera;
Informar os utentes sobre as medidas de segurança, em particular manter uma distância de cerca de 2 metros, lavar as mãos antes de entrar e usar a solução alcoólica quando entrar e sair do consultório e não entrar com as peças de roupa que vão retirar;
Oferecer material de proteção aos doentes, nomeadamente máscaras e educar sobre o seu bom uso (uso obrigatório de máscara pelo doente e acompanhante); evitar a permanência de familiares ou acompanhantes no interior do consultório;
Adaptar um acrílico na cadeira de podologia para evitar a circulação de aerossóis entre o doente e o podologista;
Usar luvas e máscara do tipo PFF2 ou outra certificada, ou em alternativa duas máscaras cirúrgicas; usar óculos de proteção ou viseira; usar farda, touca e bata cirúrgica descartável ou usar fato impermeável de proteção; usar socos ou proteção de calçado.
Os podologistas devem também implementar medidas especificas na realização de procedimentos que comprometam a vulnerabilidade dos doentes, nomeadamente em tratamentos invasivos, mantendo vigentes as medidas de segurança recomendadas.