DIABETES

ESEnfC participa na criação de calçado hi-tech para diabéticos

Um inovador calçado terapêutico mais ajustado à condição do pé diabético, que terá na sua constituição materiais inteligentes para monitorização de parâmetros clínicos, está a ser desenvolvido por um consórcio que junta indústria e instituições de ensino superior.

ESEnfC participa na criação de calçado hi-tech para diabéticos

DOENÇAS E TRATAMENTOS

VARIZES - Mais do que um problema estético

Inserida no projeto Science DiabetICC Footwear, que foi cofinanciado pelo programa Portugal 2020/Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, a nova tipologia de calçado vai ser produzida pela ICC - Indústrias e Comércio de Calçado S.A., em colaboração com a ESEnfC - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, que identificou esta necessidade terapêutica, e a Universidade do Minho (através do IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos, do 2C2T - Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e do CF-UM-UP - Centro de Física das Universidades do Minho e do Porto).

Com este novo calçado, pretende o consórcio chegar a uma solução que, simultaneamente, minimize o risco de lesão e promova o máximo conforto ergonómico (com capacidade de adaptação da forma) e termofisiológico, associando-lhe, ainda, um design mais moderno e apelativo.

Pedro Parreira, investigador que coordena a parceria da ESEnfC e da UICISA: E - Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (centro de pesquisa acolhido no estabelecimento de ensino superior de Coimbra) neste projeto, explica que o Science DiabetICC Footwear “pretende ultrapassar as dificuldades associadas às limitações dos produtos já existentes”, constituindo-se como “um calçado inovador”.

“Será um calçado ecológico, impermeável e arejado, que evitará odores e facilitará a circulação sanguínea. A palmilha terá caraterísticas especiais, será removível e de limpeza fácil, integrará agentes terapêuticos e permitirá absorver impactos em andamento. Incluirá materiais inteligentes (self-sensing composites) para a monitorização de parâmetros clínicos do pé, contribuindo para reduzir o risco de aparecimento de infeções associadas a úlceras. O peso do sapato será reduzido, com design apelativo em várias cores, e a sola será antiderrapante”, descreve o docente da ESEnfC.

Pedro Parreira sublinha, ainda, que se pretende “que [este sapato terapêutico] seja um dispositivo médico, sustentado em investigação clínica, a ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde”. 

O projeto Science DiabetICC Footwear: Desenvolvimento de calçado terapêutico inovador para pé diabético é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo aprovado de 700 047,24 euros, para um investimento de despesas elegíveis totais de um milhão de euros (1 003 152,74€).

Pela ESEnfC, participam neste projeto os investigadores Pedro Parreira, Anabela Salgueiro-Oliveira, João Apóstolo e Rui Baptista.

Fonte: ESEnfC

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