Desde que os primeiros relatórios revelaram que um novo coronavírus estava a disseminar-se rapidamente entre as pessoas, os cientistas tentaram desde logo determinar se este agente patogénico poderia ser transmitido através do ar.
Um dos mais belos e sublimes momentos que se pode vivenciar na natureza é a chegada de um novo ser. O nascimento de um ser humano não é exceção.
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As autoridades de saúde internacionais dizem que o vírus é transportado apenas através de gotículas que são expelidas pelos doentes infetados, tanto diretamente como através de objetos.
Mas alguns investigadores dizem que há evidências preliminares de que a transmissão pelo ar - no qual a doença se espalha nas partículas muito menores do ar expirado, conhecido como aerossóis - está a ocorrer, e que precauções, como o aumento da ventilação em ambientes fechados, devem ser recomendadas para reduzir o risco de infeção.
Num resumo científico publicado a 27 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que não há evidências suficientes para sugerir que o SARS-CoV-2 é transmitido pelo ar, exceto nalguns contextos médicos, como na intubação de um paciente infetado.
Mas os especialistas que trabalham com doenças respiratórias e aerossóis no ar afirmam que a recolha de evidências inequívocas sobre a transmissão pelo ar do novo coronavírus pode levar anos e custar vidas.
“Para os cientistas que estudam o assunto, não há dúvida de que o vírus pode espalhar-se através do ar”, afirma a investigadora Lidia Morawska, da Universidade de Tecnologia de Queensland, em Brisbane, na Austrália. “Isso é óbvio”, completa.
A maioria das transmissões ocorre a curta distância. E se o SARS-CoV-2 estiver a ser transmitido em aerossóis, é possível que as partículas virais se acumulem ao longo do tempo em espaços fechados, ou sejam transmitidas a distâncias maiores.
Também é mais provável que os aerossóis sejam produzidos pela fala e respiração, o que pode até constituir um risco maior do que espirrar e tossir, disseram os investigadores.
