VÍRUS

Coronavírus permanece no ar de espaços fechados durante horas

Cientistas da Universidade de Wuhan, na China, afirma que a exposição ao vírus da COVID-19 pode aumentar em espaços fechados, com circulação limitada de ar, tais como em carruagens de metro ou em casas de banho públicas.

Coronavírus permanece no ar de espaços fechados durante horas

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Os investigadores chineses estão agora a alertar as pessoas para que utilizem máscaras em público de modo a prevenir a propagação do novo coronavírus pelo ar.

Os cientistas fizeram a revelação após recolherem 30 amostras de diferentes locais na cidade de Wuhan, na China, local que terá sido o epicentro da doença. 

Posteriormente analisaram o ar dentro de hospitais assim como em áreas públicas da cidade durante o pico do surto entre fevereiro e março.

Os investigadores detetaram que níveis de partículas do SARS-CoV-2 eram regra geral demasiado pequenos para serem detetados, excetuando em duas áreas com grande afluência de pessoas - incluindo a entrada de um centro comercial.

Entretanto, em áreas públicas ao ar livre, fora de hospitais, tais como prédios e supermercados, o estudo constatou que as concentrações de aerossóis do vírus eram regra geral diminutas.

Igualmente, nos hospitais, o número de partículas do vírus detetadas em enfermarias isoladas e em quartos de doentes ventilados era bastante reduzido.

Todavia, o número aumentou significativamente nas casas de banho dos doentes, que não eram ventiladas.

O estudo, publicado na revista Nature, refere que as “partículas aéreas de SARS-CoV-2 podem ter origem no bafo ou respiração de um doente ou provir dos aerossóis das fezes ou urina do indivíduo”.

Quando os indivíduos respiram, tossem, ou falam gotículas mais espessas que podem potencialmente conter o vírus tendem a cair no chão ou em superfícies devido à gravidade - iniciando o processo de contaminação através dos objetos onde recaem.

Todavia, gotículas mais leves podem permanecer no ar que nos rodeia e respiramos durante horas.

Os investigadores que levaram a cabo este estudo afirmam que ainda estão a analisar se as partículas aéreas podem causar infeções. 
No entanto, o professor Ke Lan, que liderou o estudo, afirmou que a pesquisa revela que “enquanto respiramos ou falamos, a transmissão por aerossóis do SARS-CoV-2 pode ocorrer e impactar indivíduos que estejam próximos ou afastados da fonte”, alertando para que as pessoas evitem ao máximo multidões e que usem máscara “de modo a reduzirem o risco de exposição à presença do novo coronavírus na atmosfera”.


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