COVID-19: doentes cardíacos e hepáticos devem continuar medicação
Com o desenvolvimento da pandemia da COVID-19, muita informação médica incorreta foi divulgada ao público, sendo que um dos exemplos mais letais é que doentes que tomam inibidores do sistema renina-angiotensina, em particular antagonistas dos recetores da angiotensina II tipo 1, estão mais suscetíveis ao vírus.
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Uma equipa de cientistas da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, preocupou-se com a falta de informação correta sobre a influência de medicamentos para problemas cardíacos e hepáticos na infeção por COVID-19 e decidiram avaliar essa relação.
Os investigadores concluíram que não há informação credível ou consistente para sustentar esta hipótese, e que não tomar este tipo de medicação aumenta os riscos para a saúde em centenas de milhares de doentes com hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva e doença hepática crónica.
Murray Epstein, um dos peritos, afirma que os doentes estão a tomar decisões precipitadas numa altura onde os hospitais estão sob imensa pressão. Acrescenta ainda que, se os doentes não tomarem os medicamentos, os centros hospitalares podem ter ainda mais dificuldade no tratamento de pacientes.
O artigo foi publicado na revista Hypertension.