COVID-19: posição em decúbito ventral facilita respiração
Cientistas de Wuhan, na China, analisaram o tratamento de 12 doentes com síndrome de dificuldade respiratória aguda associada à COVID-19 que estavam a ser assistidos por ventiladores. O estudo foi publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.
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Esta investigação é a primeira a descrever o comportamento dos pulmões de doentes com COVID-19 em estado grave que necessitam de ventilação e de receberem pressão positiva.
Os autores verificaram o efeito do posicionamento corporal ao colocarem os doentes com níveis baixos de oxigenação no sangue em decúbito ventral durante períodos de 24 horas.
Durante este período foram medidos o fluxo de oxigénio, volume pulmonar e pressão nas vias aéreas com aparelhos nos ventiladores dos doentes. Foi também medida a aeração das vias aéreas e foram feitos cálculos para medir o nível de recrutabilidade pulmonar.
Observou-se que doentes que não foram posicionados em decúbito ventral tiveram pouca atividade pulmonar (recrutabilidade), enquanto que a alternação entre o posicionamento em decúbito ventral com o de decúbito dorsal foi associada a atividade pulmonar mais elevada.
Haibo Qiu, um dos autores do estudo, verificou que alguns doentes não reagiram bem à pressão positiva elevada e reagem melhor ao posicionamento em decúbito ventral na cama.
A função pulmonar de muitos doentes da investigação não melhorou com a aplicação da pressão positiva, pelo que esta técnica pode afetar negativamente os doentes, no entanto, a função pulmonar melhora nos pacientes que são colocados na posição em decúbito ventral, concluiu Chun Pan, outro investigador do estudo.