Contudo, enfatiza-se que um dos estudos, publicado na última semana, não prova que alguém tenha sido infetado ao respirar partículas contaminadas do ar ou pelo contato com superfícies contaminadas.

Desde que surgiu na China, no final do ano passado, o novo vírus infetou dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo e causou milhares de mortes - muito mais do que o surto de SARS de 2003 causado por um vírus geneticamente semelhante.

Segundo os autores, um dos estudos mostra que o vírus permanece viável por longos períodos, portanto é teoricamente possível a contaminação através do contacto com superfícies contaminadas, disse o líder do estudo Neeltje van Doremalen, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas dos Estados Unidos.

Para este estudo, os cientistas usaram um dispositivo nebulizador para colocar no ar amostras do novo vírus, imitando o que poderia acontecer se uma pessoa infetada tossisse ou contaminasse o ar à sua volta de outra forma.

Os cientistas descobriram que vírus viáveis poderiam ser detetados até três horas depois no ar; até quatro horas em cobre; até 24 horas em cartão; e até três dias em plástico e aço inoxidável. Resultados semelhantes foram obtidos em testes feitos com o vírus que causou o surto de SARS em 2003.