PROTEÍNA

Consumo de proteínas vegetais promove saúde cardiovascular

Aumentar a ingestão de proteína de fontes vegetais ou laticínios e reduzir o consumo de carne vermelha pode ajudar as pessoas a viverem mais. É o que mostram dois estudos preliminares apresentados no Epidemiology and Prevention | Lifestyle and Cardiometabolic Health (EPI|LIFESTYLE 2020) Scientific Sessions, que ocorreu de 3 a 6 de março de 2020, em Phoenix, nos Estados Unidos.

Consumo de proteínas vegetais promove saúde cardiovascular

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O primeiro estudo incluiu mais de 37 mil norte-americanos, com idade média de 50 anos de idade, cujos dados alimentares foram recolhidos de oito ciclos da National Health and Nutrition Examination Survey, de 1999 a 2014, e a causa da morte foi identificada através do National Death Index.

Os resultados mostraram que aqueles que ingeriram mais proteínas vegetais tiveram 27 por cento menos probabilidade de morrer por qualquer causa e 29 por cento menos risco de morrer de doença cardíaca coronária, em comparação com pessoas que ingeriram menor quantidade de proteína vegetal.

Mantendo o número de calorias ingeridas consistente, os autores foram capazes de estimar a quantidade de proteína vegetal em comparação com as proteínas animais ingeridas no estudo e compará-la com o risco de morte.

Os dados apurados mostraram que a substituição de cinco por cento das calorias diárias provenientes de proteína animal total pelo número equivalente de calorias de proteína vegetal foi associada a uma redução de quase 50 por cento no risco de morte por qualquer causa, incluindo doença cardíaca coronária; e a substituição de dois por cento das calorias diárias de proteína processada da carne por um número equivalente de calorias de proteína vegetal foi associado a um risco 32 por cento menor de morte.

Os cientistas ressaltam que não basta apenas evitar a carne vermelha, mas atentar para o que vai ser ingerido no lugar dela. As proteínas vegetais saudáveis, como nozes, legumes e grãos integrais, contêm mais do que apenas proteínas, incluem outros nutrientes benéficos, como gorduras saudáveis, vitaminas antioxidantes, minerais e fitoquímicos (compostos derivados de plantas), que têm sido associados a um menor risco de doenças crónicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.

O segundo estudo, Harvard’s Health Professionals Follow-up Study, envolveu 43 259 participantes com seguimento de até 26 anos, iniciando em 1986.

Todos eram do sexo masculino e responderam a um questionário sobre a sua dieta a cada quatro anos até 2010. Os resultados mostraram que substituir uma porção por dia de carne vermelha in natura ou processada por alimentos como nozes, legumes, grãos integrais ou laticínios, foi associado a um risco até 47 por cento menor de doença cardíaca coronária nos homens.

Além disso, a substituição de uma porção diária de qualquer tipo de carne vermelha por uma quantidade equivalente de nozes, sem aumentar o número de calorias que uma pessoa ingeriu, estava associada a um risco 17 por cento menor de morrer de um ataque cardíaco. Já se a porção de carne vermelha for substituída por uma de grãos integrais, o risco de morte por ataque cardíaco é 48 por cento menor.

A American Heart Association recomenda padrões alimentares que enfatizam frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com pouca gordura, aves, peixes e nozes, e limita a carne vermelha processada e bebidas açucaradas.


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