Hospital de São João em risco de rutura no Banco de Sangue
O Banco de Sangue do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, está a registar uma “diminuição significativa” de dadores e pode deixar de ser autossuficiente em sete a dez dias.
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Em declarações à agência Lusa, sem poder garantir que esta diminuição terá a ver com o surto COVID-19, a diretora do serviço de imuno-hemoterapia admitiu que “há um medo que não é exclusivo de Portugal”, sendo “algo que se verifica em outros países e em todo o mundo” e que se tem traduzido numa “diminuição de afluência”.
“A média rondava as 50 dádivas de sangue [por dia] e ontem [terça-feira] tivemos 17. Essa diferença acentuou-se mais a partir da última semana”, indicou a responsável de um serviço que é autossuficiente desde 2011/2012, mas que, se este ritmo de dádivas se mantiver, pode deixar de ser.
“Temos as reservas de sangue, mas essas reservas precisam de ser substituídas porque todos os dias temos doentes que precisam de sangue. Se as reservas não forem substituídas poderemos ter rutura. Teremos de contactar o IPST [Instituto Português do Sangue e Transplantação] e, numa última análise e hipótese, poderá ocorrer o cancelamento de cirurgias programadas”, descreveu Maria do Carmo Koch.
“O sangue é um bem essencial, é um bem que salva vidas, não se produz artificialmente e os doentes ficam completamente dependentes do sangue que é doado”, frisou.