Consumo de fast-food nefasto para saúde cerebral
Num novo estudo, cientistas destacaram a adolescência como um período de “dupla suscetibilidade”; ao mesmo tempo que o cérebro dos adolescentes ainda está a desenvolver capacidades de tomada de decisão, a sua restrição limitada e um sistema de recompensa elevado tornam os adolescentes mais propensos a comer mal, o que, por sua vez, pode levar a mudanças negativas no cérebro.
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As descobertas mostram a importância de mudar comportamentos e ajudar os adolescentes a formar hábitos saudáveis desde o início da vida para minimizar essas mudanças.
Durante a adolescência, o córtex pré-frontal – envolvido na autorregulação, na tomada de decisões e na busca de recompensas – está a desenvolver-se, o que dificulta a resistência dos adolescentes a alimentos não saudáveis. Até essa área do cérebro amadurecer, é mais provável que os adolescentes participem em atividades impulsivas e em busca de recompensas.
Com o tempo, o consumo excessivo de alimentos ricos em calorias pode levar a alterações na estrutura e na função do córtex pré-frontal, incluindo a alteração da sinalização e inibição da dopamina.
O neurotransmissor dopamina é libertado quando o sistema de recompensa do cérebro é ativado; este pode ser ativado por recompensas naturais, como interação social, além de ingerir alimentos ricos em calorias.
À medida que os adolescentes super-estimulam os seus sistemas de recompensa, essas dietas prejudiciais à saúde podem resultar num controlo cognitivo deficiente e numa impulsividade aumentada à medida que se aproximam da idade adulta.
Isso demonstra a importância de mudar comportamentos e ajudar os adolescentes a formar hábitos saudáveis desde o início para minimizar as alterações no cérebro.
O estudo foi publicado na revista The Lancet Child and Adolescent Health.