Esta posição é expressa no Relatório Anual do International Narcotics Control Board (INCB) de 2019 a que a Lusa teve acesso e que cita também conclusões do Relatório Mundial sobre Drogas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime2018.
 
Entre as principais conclusões, o documento destaca “a conexão entre o uso de álcool e tabaco e o consumo de substâncias psicoativas, como canábis, opiáceos e cocaína, por adolescentes e jovens”.
 
Este tipo de consumos concentra-se no impacto físico, emocional e social que as drogas psicoativas exercem sobre jovens entre 15 e 24 anos, realça o documento, que “exorta os Governos a melhorarem os serviços, usando intervenções de prevenção e tratamento baseadas em evidências para jovens”.
 
O relatório expressa “preocupação com o cenário global em rápida mudança de precursores (produtos químicos essenciais à produção de drogas) para “designers” (tipos de droga) fabricados ilegalmente e adaptados a um mercado diversificado e online”.

O documento aborda ainda “as injustiças relacionadas com a disponibilidade de medicamentos controlados”, desde a prescrição excessiva em alguns países até o acesso limitado noutros, e apela aos Governos “que respeitem os direitos humanos na implementação de políticas de drogas e em conformidade com as três convenções internacionais de controlo de drogas”.
 
As estimativas globais de saúde de 2015 da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, embora as mortes por todas as causas representem apenas 4,8% na faixa etária de 15 a 29 anos, elas totalizam 23,1% das mortes atribuídas a problemas relacionados ao uso de estupefacientes.