As instituições de saúde estão em permanente luta contra as bactérias e vírus hospitalares, trabalhando constantemente para manter as superfícies e aparelhos limpos e desinfetados. Para reduzir o risco de infeção existem protocolos de desinfeção e limpeza nos blocos operatórios.
 
“O desafio de controlar as infeções advém do ponto em que as bactérias são invisíveis ao olho humano, havendo potencial para erros na limpeza manual e na desinfeção atribuíveis aos funcionários inadequados, à pouca formação e à falta de aderência às instruções do fabricante”, explica Donna Armellino, líder do estudo.
 
Armellino sublinha ainda que os químicos podem, por vezes, não ser os mais adequados a determinada superfície, não serem armazenados corretamente ou não estarem em contacto com as superfícies tempo suficiente para eliminar todas as bactérias.
 
Neste sentido, os cientistas avaliaram a capacidade de desinfeção nos blocos operatórios do aparelho multivetor direcionado de ultravioleta, comparando com o método químico e manual.
 
Foram analisados os agentes patogénicos presentes nas superfícies e equipamentos antes das desinfeções, depois da desinfeção manual e química e depois da desinfeção com o aparelho multivetor direcionado de ultravioleta.
 
Os resultados das análises aos agregados de unidades de colónias de agentes patogénicos potencialmente causadores de infeções hospitalares revelaram que a desinfeção manual e química tinha uma eficácia de eliminação de apenas 38 contra 96,5 por cento.
 
Segundo os autores do estudo, estes dados mostram que os blocos operatórios não estão tão limpos quanto julgamos, pelo que esta tecnologia com luz UV pode melhorar os níveis de desinfeção.