Itália regista sete mortos por coronavírus
A Itália passou esta segunda-feira, 24 de fevereiro, a ser o terceiro país do mundo em nível de contágios do novo coronavírus e, depois de sete pessoas terem morrido devido à doença, o Governo decidiu estabelecer um cordão sanitário em torno de 11 cidades do norte do país, região onde começou o foco da patologia. A doença tem-se espalhado rapidamente desde que as primeiras mortes foram anunciadas.
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Enfermeiros... O elemento charneira do sistema de saúde
Outrora, os cuidados de saúde prestados às pessoas enfermas eram realizados por pessoas solidárias, magos e feitiçeiros, que baseavam as suas curas, muitas das vezes, em rezas e crendices. Posteriormente, estes cuidados passaram a ser prestados de forma mais eficaz por freiras e pelos militares. LER MAIS
O receio do contágio ao resto da União Europeia devido à livre circulação de pessoas pelo Espaço Schengen já levou a Áustria a agir com medidas de restrição fronteiriça para pessoas provenientes das regiões italianas da Lombardia e do Véneto.
No passado domingo, o tráfego ferroviário de e para a Itália esteve parado durante quatro horas enquanto dois passageiros eram testados para saber se estavam infetados.
Ministros da Saúde da Alemanha, Áustria, Croácia, Eslovénia, França e Suíça reuniram-se esta terça-feira, 25 de fevereiro, em Roma, para discutir medidas para conter o vírus, ao mesmo tempo que a Itália pede aos Estados-membros que não imponham controlos fronteiriços, por considerar uma medida ineficaz.
A União Europeia não está a pesar qualquer medida restritiva da circulação. “Uma suspensão coordenada do acordo de Schengen não irá acontecer de momento, mas estamos a trabalhar em vários planos de contingência”, referiu o comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, na conferência de imprensa conjunta com a comissária da Saúde, Stella Kyriakides.
A suspensão ou não das fronteiras é decisão dos Estados-membros, a UE só pode decidir medidas de restrição de circulação coordenadas com base em dados científicos e, até agora, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda “não recomendou impor restrições de viagem ou comerciais”.
A OMS considera que apenas a China tem risco “muito elevado” de transmissão da doença, mantendo o nível de alerta global em “elevado”, mesmo tendo em conta que Kuwait e Omã entraram para a lista de países com pessoas infetadas com o coronavírus.