Diurético mais receitado nos EUA tem muitos efeitos secundários
O diurético mais recomendado pelas diretrizes nos Estados Unidos para baixar a pressão arterial tem mais efeitos secundários, concluiu um estudo realizado por cientistas do Centro Médico Irving da Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, e publicado no JAMA Internal Medicine.
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Os cientistas analisaram, durante este estudo, dados de mais de 730 mil pessoas a receberem tratamento para a hipertensão com um dos dois fármacos mais usados: clortalidona e hidroclorotiazida.
Cerca de 95 por cento dos pacientes analisados no estudo começaram por tomar hidroclorotiazida, o diurético recomendado até 2018. Contudo, em 2017, o College Americado de Cardiologia alterou as diretrizes, favorecendo, a partir daí, o uso de clortalidona no tratamento de pressão arterial alta.
Verificou-se, nesta investigação que, ao contrário dos argumentos do College Americano de Cardiologia, os dois fármacos são igualmente eficazes na prevenção de ataques cardíacos, hospitalização por insuficiência cardíaca e AVC.
No entanto, os pacientes tratados com clortalidona tinham um risco maior de efeitos secundários, como hipocalemia que leva a batimentos cardíacos anormais, hiponatremia, falha renal e diabetes tipo 2.
Observou-se que 6,3 por cento dos doentes a tomar clortalidona haviam experienciado hipocalemia, comparando com 1,9 por cento dos que haviam tomado hidroclorotiazida. Mais, os níveis de hipocalemia eram mais altos com a toma de clortalidona, mesmo em doses mais baixas.
Os autores do estudo recomendam aos médicos que prescrevem clortalidona aos seus doentes que os monitorizem frequentemente para despistar os efeitos secundários.