O cancro do colo do útero, ou cervical, é a terceira maior causa de morte nas mulheres a nível mundial. Neste estudo, destaca-se a importância dos rastreios frequentes.
 
Os cientistas compararam dados de mulheres diagnosticadas com cancro do colo do útero no estado do Novo México, nos Estados Unidos, com dados de controlos (mulheres correspondentes em idade, zona de residência e etnia sem diagnóstico da doença).
 
Os dados revelaram que 61 por cento das mulheres no grupo de controlo haviam feito o rastreio nos três anos anteriores ao estudo, contra apenas 38 por cento do grupo das mulheres doentes antes do seu diagnóstico.
 
Verificou-se ainda que, das mulheres diagnosticadas com a doença, aquelas que haviam feito o rastreio três anos antes do diagnóstico tinham 83 por cento menos probabilidade de serem diagnosticadas com cancro do cérvix que se havia espalhado.
 
Os resultados da análise revelam ainda que as mulheres cujo resultado do rastreio era negativo tinham uma baixa probabilidade de serem diagnosticadas com cancro do colo do útero nos três anos e meio a cinco subsequentes.
 
Muitas infeções por HPV resolvem-se de forma natural pelo sistema imunitário, pelo que um rastreio anual não se mostrou, segundo os dados, mais eficaz.
 
“Podemos mostrar que o rastreio previne mais de 80 por cento dos cancros espalhados e cerca de 50 por cento dos cancros localizados [no colo do útero]. E o cancro local torna-se fácil de tratar”, afirmou Cosette Wheeler, autora do estudo.