CARDIOLOGIA

Enfarte agudo do miocárdio afeta 15 mil portugueses anualmente

As doenças cérebro e cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e, no dia em que se assinala o Dia Nacional do Doente Coronário, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) deixa o alerta para o número ainda elevado de pessoas que sofre desta patologia: 15 mil portugueses sofrem de enfarte do miocárdio todos os anos, não sendo possível determinar com precisão a extensão da síndroma coronária crónica.

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Importa destacar que, apesar do cenário das doenças cardiovasculares em Portugal ser preocupante, tem vindo a melhorar progressivamente. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, os valores da doença isquémica do coração (enfarte e angina de peito) indicam que Portugal se encontra no grupo dos melhores países a nível europeu.

“Estes resultados são fruto de um trabalho continuado, de aposta na prevenção, diagnóstico e tratamento, com destaque para o modelo de resposta organizado na área do enfarte agudo do miocárdio – a via verde coronária”, acrescenta Victor Gil, presidente da SPC.

Quanto ao controlo dos fatores de risco, há um enorme caminho ainda a percorrer, especialmente nos hábitos de exercício físico, controlo da diabetes e hipertensão. No caso do hábito de fumar, aproximamo-nos já do grupo dos melhores, existindo, no entanto, novos perigos à espreita.

A luta contra o consumo do tabaco tem que persistir com tenacidade e, celebrando o dia mundial do doente coronário, a SPC divulga publicamente a sua posição quanto à luta contra o consumo do tabaco.

“Os dados indicam-nos que cerca de 25 por cento da população portuguesa é fumadora e este é um fator de risco muito preocupante. Por isso, neste dia em que se dá destaque ao Doente Coronário, reafirmamos a luta contra o tabagismo”, afirma Victor Gil.

A SPC defende que a abstinência total do hábito de fumar é a única medida garantidamente eficaz para combater as doenças do coração, e que a extensão da proibição de fumar em todos os locais públicos é uma medida de saúde pública indispensável e urgente que desincentiva fumadores ativos e defende os não fumadores do fumo passivo.

“Acreditamos que ainda não existe evidência suficientemente robusta que suporte uma posição definitiva com base científica quanto ao tabaco vaporizado ou eletrónico, pelo que urge desenhar estudos com arquitetura sólida sob a orientação de entidades independentes que fundamentem posições definitivas”, finaliza Victor Gil, presidente da SPC.

A doença coronária resulta do depósito de gordura na parede das artérias coronárias (aterosclerose), provocando o seu estreitamento e limitando o fluxo de sangue que irriga o músculo cardíaco.

Desta forma, o músculo cardíaco não recebe oxigénio suficiente nem os nutrientes necessários ao seu funcionamento, podendo desencadear angina de peito ou um enfarte agudo do miocárdio.

Fonte: Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC)

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