VACINA

Adultos jovens tendem a acreditar no movimento antivacina

Um estudo da American Academy of Family Physicians concluiu que 55 por cento dos chamados Millennials, ou Geração Y (idades entre 24 e 39 anos), tendem a não se vacinar contra a gripe, além de terem a tendência em concordar com o movimento antivacina.

Adultos jovens tendem a acreditar no movimento antivacina

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

CRIANÇA HIPERACTIVA, SEMPRE LIGADA A UM MOTOR

O estudo envolveu adultos norte-americanos com idades entre os 25 e os 73 anos e constatou que 51 por cento dos entrevistados não se tinham vacinado contra a gripe naquela época gripal e 32 por cento não pretendiam vacinar-se.

Quando fizeram uma série de perguntas factuais sobre a gripe, 82 por cento responderam a pelo menos uma de forma incorreta e 28 por cento erraram todas as questões.

Os Millennials formam o maior grupo demográfico dos Estados Unidos, e tinham menos probabilidade de ter tomado uma vacina contra a gripe nesta época gripal (55 por cento), segundo a pesquisa. Desses, 33 por cento não planeiam imunizar-se.

Um dos fatores que podem contribuir para essa desfasagem na vacinação é a disseminação de informações erradas sobre as vacinas e os possíveis efeitos colaterais.

Cerca de 61 por cento dos Millennials que estão familiarizados com o movimento antivacinação disseram concordar com algumas das suas crenças. O que representa mais do que a taxa de 52 por cento para todos os adultos e muito mais alta do que entre os Baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), com 42 por cento.

Os Millennials eram muito mais propensos a dizer que não têm tempo para se vacinarem (25 por cento), em comparação com os 12 por cento da Geração X (nascidos entre 1961 e 1981) que usaram tal afirmação e os seis por cento dos Baby boomers.

O estudo mostrou também que os Millennials correspondem à geração com menos informações sobre dados factuais da gripe, com 86 por cento deles a errar pelo menos uma pergunta sobre a doença e 31 por cento a errar todas.

Além disso, os resultados mostraram que os norte-americanos negros que estão familiarizados com o movimento antivacinação eram mais propensos a dizerem que concordam com as suas crenças (61 por cento).

Mas apenas 45 por cento dos negros norte-americanos disseram que estavam familiarizados com isso, em comparação com 55 por cento dos adultos em geral; 53 por cento dos asiáticos norte-americanos; e 59 por cento dos latino-americanos.

O estudo mostrou, também, que muitos pais não vacinam os seus filhos, sendo que 21 por cento disseram que não queriam que os seus filhos adoecessem por serem vacinados, 13 por cento acreditam que as crianças não precisam de vacinas conta a gripe e dez por cento não consideram a gripe uma doença grave.

Nesta época gripal, os Estados Unidos registaram 4 800 mortes relacionadas com a gripe, incluindo 32 crianças, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. Na última temporada, cerca de 116 crianças morreram de gripe.

Os cientistas sublinham que é preocupante ver como os pais estão mal informados sobre os perigos da gripe e o quanto os jovens estão a aderir ao movimento antivacinação, tendo em conta que pode representar retorno de epidemias de várias doenças que se encontram atualmente erradicadas e/ou sob controlo.

Fonte: Boa Saúde

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