DIAGNÓSTICO

Aderência das células tumorais pode ser biomarcador de recidiva

Um estudo publicado na revista Cancer Research revela que investigadores da Universidade de San Diego Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiram criar um dispositivo que separa as células cancerígenas pela sua capacidade de aderência, de forma a melhorar a avaliação dos tumores.

Aderência das células tumorais pode ser biomarcador de recidiva

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

CRIANÇAS EM FÉRIAS

 
Em causa está uma câmara microfluídica com proteína adesiva. As células cancerígenas são lá colocadas e depois de “coladas” pela sua aderência, um fluido empurra-as para as “descolar”.

A equipa analisa as células conforme a pressão e força necessárias para as fazer “descolar”. As que necessitam de mais força e pressão são as mais aderentes.
 
Os cientistas pretendem responder ao problema da dificuldade em caracterizar a agressividade dos tumores através de biomarcadores e identificar a probabilidade de recidiva.
 
Durante este estudo, foi possível verificar que as células tumorais com menor adesão migram e invadem mais outros tecidos do que aquelas mais aderentes. Estas células têm uma assinatura genética única que as identifica e lhes permite migrar e invadir mais rapidamente.
 
Adicionalmente, a equipa de cientistas analisou informação de doentes oncológicos de uma base de dados e descobriu que os doentes cujos tumores tinham elevado número de células pouco aderentes experienciavam recidiva do tumor mais rápida e frequentemente.
 
“Doentes com poucas destas células agressivas adormecidas no tecido circundante ao tumor têm menos probabilidade de ver o seu cancro recidivar em cinco, dez ou 20 anos”, afirmou Adam Engler, líder do estudo.
 
Os cientistas esperam que, no futuro, se utilize o aparelho por eles desenvolvido de forma a que se possa analisar a biópsia e fornecer uma estimativa da probabilidade de metástases e permitir um tratamento mais direcionado e adaptado.


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