INFECÇÃO

Creme aplicado em picadas de mosquito impede infeções virais

Um creme para a pele que estimula o sistema imunológico protegeu animais de laboratório de infeções por vários vírus que são transmitidos por picadas de mosquitos.

Creme aplicado em picadas de mosquito impede infeções virais

DOENÇAS E TRATAMENTOS

CANCRO DA PELE

Se aprovado para uso humano, poderá ajudar a reduzir a propagação de vírus transmitidos por mosquitos e pernilongos, que infetam centenas de milhões de pessoas a cada ano.

O creme, que contém o medicamento imiquimod, já está licenciado para o tratamento de verrugas genitais e uma condição rara da pele chamada queratose actínica, mas ainda não foi testado em humanos para uso em picadas de mosquito.

O creme funciona ativando rapidamente as respostas imunológicas locais na pele, o que impede que o vírus se espalhe para o resto do corpo.

Steven Bryden e os seus colegas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, começaram os testes com o vírus Semliki Forest, um vírus transmitido por mosquitos que causou surtos na África. Nalguns testes, foram injetados vírus diretamente nos locais das picadas de pernilongos para assegurar que havia contato com vírus.

Sete dos 11 ratinhos cujas picadas de mosquito foram tratadas com o creme para a pele sobreviveram à infeção. Nenhum dos outros 11 roedores que não receberam o creme sobreviveram à infeção.

O creme para a pele também limitou a propagação do vírus chikungunya e outro vírus transmitido por mosquitos, chamado Bunyamwera orthobunyavirus, sugerindo que o tratamento pode funcionar contra diferentes tipos de vírus transmitidos por mosquitos.

“Foi uma grande surpresa que a simples aplicação de um creme pudesse ter um efeito tão efetivo”, disse o professor Clive McKimmie.

A aplicação do creme para a pele protegeu os animais contra o vírus mesmo quando aplicado até cinco horas após a picada do pernilongo.

O creme também limitou a disseminação dos vírus zika e chikungunya em amostras de tecido de pele humana testadas em laboratório, sugerindo que essa abordagem também pode funcionar em pessoas.

A equipa pretende agora realizar testes de segurança em humanos. Como o medicamento já foi aprovado para uso humano, o creme antiviral poderá ser aprovado de forma relativamente rápida.


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