Publicado na revista Scientific Reports, o estudo foi realizado em porcos anões usando técnicas complexas de imagem PET com agonistas de recetores opioides e antagonistas de recetores de dopamina para examinar os sistemas de recompensa cerebral dos animais.

Os cientistas deram aos animais acesso a uma solução de sacarose por uma hora em 12 dias consecutivos; após a última dose de açúcar consumida pelos animais, os cientistas voltaram a fazer exames cerebrais.

Após apenas 12 dias de ingestão de açúcar, foi possível observar grandes mudanças nos sistemas de dopamina e opioides do cérebro; o sistema opioide, que é a parte da química do cérebro associada ao bem-estar e ao prazer, já havia sido ativado após a primeira ingestão.

Especificamente, houve alterações no estriado, no núcleo accumbens, no tálamo, nas amígdalas, no córtex cingulado e no córtex pré-frontal após a ingestão de açúcar.

As descobertas, concluem os cientistas, implicam que os alimentos ricos em sacarose influenciam o circuito de recompensa cerebral de uma maneira semelhante à observada quando são consumidas drogas ou medicamentos.