Os dados apurados mostraram que, independentemente do sexo da pessoa e da sua cultura, as amostras de áudio acionaram 13 emoções principais.

A experiência subjetiva da música através de culturas tão diferentes pôde ser mapeada em: Deleite, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, visão sonhadora, triunfo, ansiedade, medo, irritação, desafio e sentir-se energizado.

“Imagine organizar uma biblioteca de música massivamente eclética por emoção e detetar a combinação de sentimentos associados a cada faixa. Isso foi essencialmente o que o nosso estudo fez”, explicou o investigador Alan Cowen.

“Nós documentamos rigorosamente a maior variedade de emoções que são universalmente sentidas por meio da linguagem da música”, completou o seu colega Dacher Keltner.

Os dados recolhidos junto dos voluntários foram traduzidos num mapa de áudio interativo, no qual é possível mover o cursor para ouvir milhares de trechos de música e descobrir, entre outras coisas, se as suas reações emocionais correspondem à forma como as pessoas das duas diferentes culturas avaliadas responderam a determinada música específica.

Ou, visto de outra forma, o mapa das emoções produzidas pelos diferentes géneros musicais permite que a pessoa escolha não a música, mas a emoção que deseja sentir.

Segundo os psicólogos, as potenciais aplicações para os resultados da pesquisa e a sua ferramenta de software vão desde fundamentar terapias psicológicas e psiquiátricas projetadas para evocar certos sentimentos, até ajudar serviços de streaming de música a ajustar os seus algoritmos para satisfazer os desejos de áudio dos seus clientes ou gerar ferramentas para melhorar o humor.

“A música é uma linguagem universal, mas nem sempre prestamos atenção suficiente ao que ela está a dizer e como está a ser compreendida”, disse Cowen. “Queríamos dar um primeiro passo importante para resolver o mistério de como a música pode evocar tantas emoções sutis”, concluiu.