Quase todos os pacientes sofrem de incontinência imediatamente após a cirurgia, mas a percentagem baixa para 5-20 por cento até dois anos depois. Aqueles que não têm melhorias seis meses após a operação devem procurar tratamento.
 
Durante décadas, a terapia para fortalecer os músculos pélvicos era o único tratamento para a incontinência derivada da cirurgia prostática.
 
No entanto, os cientistas, que analisaram pacientes que receberam o tratamento entre 2009 e 2014, revelam que a maioria também tinha excesso de atividade dos músculos, sendo que estes estavam contraídos ou sofriam espasmos, em oposição a apenas fraqueza muscular.
 
A tensão muscular é um mecanismo de proteção depois de um dano ou cirurgia. Usar exercícios para fortalecer os músculos pélvicos será, portanto, contraproducente nestes casos.
 
Dos 136 pacientes analisados, 25 tinham músculos pélvicos enfraquecidos, 13 tinham músculos rígidos e contraídos e 98 tinham ambos os casos.
 
Para testar a nova abordagem de terapia, os pacientes de um dos autores foram observados por um especialista e foi-lhes recomendado o tipo de terapia mais adequado a cada caso: exercícios para fortalecer ou para relaxar os músculos pélvicos.
 
Em 87 por cento a incontinência melhorou, sendo que 58 por cento atingiu o que se considera uma melhoria ótima. A dor era também um problema para 27 por cento dos pacientes, passando para 14 por cento no fim da terapia. Para aqueles que continuaram com dor, esta baixou de intensidade.
 
Este estudo encoraja os terapeutas e médicos a repensarem a terapia uniformizada e a ofereceram tratamentos mais personalizados para bem da recuperação do doente, disse Kelly Scott, líder do estudo.