Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo foi realizado em quatro fases; numa primeira fase, foi pedido a pessoas que doaram sangue após um terramoto que avaliassem a dor de uma agulha.

As respostas foram comparadas com pessoas que não haviam doado sangue com esse fim e descobriu-se que o primeiro grupo relatou sentir menos dor do que o segundo.

Numa segunda fase, os cientistas pediram aos voluntários que ajudassem a rever um manual para crianças migrantes enquanto estavam expostos ao frio. Eles descobriram que esses voluntários relataram menos desconforto do que aqueles que não se voluntariaram para verificar o manual.

Numa terceira fase, os investigadores compararam pacientes com cancro que experimentavam dor, que cozinhavam e limpavam para outros, com pacientes semelhantes que só faziam essas tarefas por si mesmos – e mais uma vez, descobriram que aqueles que ajudavam outros relatavam menos dor.

Na quarta e última fase, os cientistas pediram aos voluntários que doassem dinheiro para ajudar órfãos, tendo questionado esses indivíduos o quanto eles achavam que a sua doação ajudaria as crianças.

Cada um dos voluntários foi submetido a uma ressonância magnética com choques elétricos, com os cientistas a relatarem que aqueles que doaram mostraram menos resposta cerebral ao choque do que aqueles que se recusaram a doar.

Tendo em conta os resultados, os cientistas sugerem que o comportamento altruísta não apenas faz as pessoas sentirem-se bem, como também reduz a experiência da dor.