PARKINSON

Cientistas avançam na compreensão da doença de Parkinson

Em patologias neurodegenerativas, como a doença de Parkinson, um grupo específico de neurónios começa a morrer progressivamente, afetando a capacidade de movimento e provocando outros sintomas. Os cientistas há muito tentam descobrir por que esses neurónios morrem.

Cientistas avançam na compreensão da doença de Parkinson

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Mas essa linha de investigação sofreu agora um revés radical: esses neurónios envolvidos nas doenças neurológicas podem na verdade não está a morrer.
Cientistas internacionais descobrirem que os neurónios afetados na doença de Parkinson podem desligar-se, sem morrer completamente, permitindo que também desliguem as células vizinhas.

O investigador Markus Riessland e os seus colegas da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos., descobriram que esses neurónios “mortos-vivos” – que foram batizados de “neurónios zumbis” – libertam substâncias químicas que também desativam neurónios vizinhos saudáveis, provocando os défices motores observados em doentes com Parkinson.

Esta descoberta oferece aos cientistas uma melhor compreensão de como a condição causa estragos no cérebro, bem como abre portas ao desenvolvimento de novos tratamentos.

Células mortas-vivas não são exatamente uma novidade, de facto, são bastante comuns, e encontradas em todo o corpo. Como parte de um processo normal, chamado senescência, as células podem “desligar-se” quando reconhecem que sofreram um dano no ADN durante a divisão celular. Isso ajuda a impedir que células danificadas cresçam de forma descontrolada, provocando doenças como o cancro.

Contudo, não é comum observar a senescência nas células nervosas do cérebro. Ao contrário de outras células do corpo, os neurónios cerebrais param de se dividir quando estão completamente formados.

Os cientistas descobriram que, surpreendentemente, os neurónios da dopamina, que regulam a motivação, a memória e o movimento ao produzir dopamina por meio de um mensageiro químico, também podem tornar-se senescentes.

Isso pode explicar um dos mistérios da doença de Parkinson que é o de saber por que os níveis de dopamina, nesta doença, diminuem muito antes de os neurónios da dopamina no cérebro médio morrerem efetivamente.


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