PROGNÓSTICO

Identificada assinatura genética relacionada com o cancro da mama

Cientistas do Brasil e do Canadá identificaram uma assinatura genética relacionada com a angiogénese e o cancro da mama, uma descoberta que possibilita prever a gravidade da doença.

Identificada assinatura genética relacionada com o cancro da mama

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Os investigadores identificaram uma assinatura genética com valor prognóstico capaz de prever a sobrevida de pacientes com certos tipos de cancro da mama. A descoberta leva também a uma melhor compreensão sobre os mecanismos moleculares de um processo de vascularização conhecido como angiogénese patológica, essencial para o desenvolvimento de diversas doenças.

A pesquisa, publicada na revista PLOS Genetics, combinou estudo sobre genes envolvidos na retinopatia patológica – lesões oculares que também servem como modelo para o estudo da angiogénese – e dados da expressão génica (transcritoma) de bancos de dados públicos sobre o cancro da mama.

Realizado por investigadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), no Brasil, em colaboração com o Instituto de Pesquisa do Cancro de Ontário (OICR, da sigla em inglês), no Canadá, o estudo contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Identificamos um conjunto de genes cuja expressão no cancro da mama se correlaciona com o grau de vascularização (angiogénese) patológica do tumor. Trata-se, portanto, de uma assinatura génica para a angiogénese que é prognóstica e mais robusta que as assinaturas identificadas anteriormente, dada a correlação existente entre a angiogénese e os tumores de modo geral”, disse Ricardo Giordano, professor do IQ-USP e autor do estudo.

No estudo, os cientistas brasileiros identificaram 153 genes alterados entre retinas normais e retinas patológicas em ratinhos. A partir dessa lista, foram identificados 149 genes humanos equivalentes.

O resultado foi utilizado como base da pesquisa sobre a assinatura génica, com a parceria do grupo canadiano. Para isso, o grupo utilizou um banco de dados com informações de pacientes com cancro da mama. Desse total, 11 genes-chave envolvidos na angiogénese patológica foram os que tiveram o melhor desempenho para uma assinatura de prognóstico.

Fonte: Terra

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