Natália Batista, responsável pelas campanhas de atração de novas dádivas, criou uma página de Facebook, que atualmente tem mais de 22 mil seguidores, e indicou à agência Lusa que este hospital “não é ainda autossuficiente, mas tem registado um grande aumento de novas dádivas”.

“Melhorámos muito. Nessa altura [verão de 2016] só conseguíamos satisfazer 70 por cento das necessidades de sangue do hospital e o resto tinha de ser assegurado com recurso ao Instituto Português do Sangue. Mas, neste momento, conseguimos assegurar 95 por cento das necessidades do hospital. Ainda não somos autossuficientes, mas continuamos a trabalhar para chegar lá”, disse.

De acordo com dados de 2018, este serviço registou, face ao ano anterior, um aumento de 31 por cento da dádiva de jovens com idades entre os 18 e os 24 anos.

“Este número traduz um trabalho de sensibilização para a dádiva de sangue realizado pelo serviço junto dos jovens. Também notámos a adesão de pessoas de 40 e tal anos que dão sangue pela primeira vez. Andavam há muito tempo a pensar nessa hipótese, adiavam, mas o nosso trabalho nas redes sociais incentivou-os. Continuaremos a trabalhar rumo à autossuficiência”, referiu Natália Batista.

Além do trabalho na internet, e da participação em eventos locais em Vila Nova de Gaia e Espinho, o Serviço de Sangue do CHVNG/E decidiu apostar em idas às escolas para “partilhar a mensagem e incentivar as crianças a pensarem nesta causa”.

Em 2016, foram realizadas 11 898 transfusões de sangue, o que ajudou a tratar 2 273 doentes, números que evoluíram e, em 2018, foram realizadas 12 675 unidades que permitiram tratar 3 298 pessoas.

O Serviço de Sangue do CHVNG/E foi autossuficiente até 2007.