RADIAÇÃO

APBI revela-se tão eficaz como a convencional

Um estudo de longo prazo publicado na revista The Lancet e realizado por investigadores da Universidade McMaster, no Canadá, revela que a radioterapia acelerada parcial da mama (APBI, na sigla em inglês) revela tão bons resultados quanto a radioterapia convencional.

APBI revela-se tão eficaz como a convencional

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A APBI é um método que leva maiores doses de radiação às zonas da mama afetadas pelo cancro. É um tratamento que dura uma semana ou menos, ao contrário das três a cinco semanas do tratamento comum.

O ensaio controlado e randomizado ocorreu entre 2006 e 2011 em 33 centros de tratamento do cancro no Canadá, Austrália e Nova Zelândia, com 2 135 participantes mulheres com 40 ou mais anos de idade com carcinoma ductal ou cancro da mama não linfático.

Metade das pacientes foi atribuída a radiação total da mama, uma vez por dia durante três a cinco semanas. A outra metade recebeu a APBI duas vezes por dia durante cinco a oito dias.

O estudo seguiu as mulheres durante uma média de 8,6 anos. Aos oito anos, o risco de reincidência era muito baixo e semelhante entre os dois grupos, sendo três por cento para as pacientes de APBI e 2,8 por cento para o outro grupo.

No entanto, a equipa, surpreendentemente, descobriu que, apesar de se observar menor toxicidade nos primeiros três meses no grupo da APBI, o regime de duas vezes por dia causou mais efeitos tóxicos e piores aspetos estéticos.

Este grupo evidenciou mais vasos dilatados visíveis na pele e espessura da pele da mama: apenas “cerca de 13 por cento das pacientes do grupo de tratamento convencional demonstrou toxicidade moderada, comparado com 32 por cento do grupo da APBI”, afirmou Timothy Whelan, líder da investigação.

Cerca de 16 por cento das mulheres submetidas à APBI não achavam que a sua mama tinha tão bom aspeto como antes. “Com base nisto, não a podemos recomendar duas vezes por dia”.

Os investigadores estão agora a analisar os efeitos da APBI uma vez por dia e os resultados preliminares são também positivos.

Fonte: Science Daily

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