ALIMENTAÇÃO

Cerca de 9% da população portuguesa é veggie

Cerca de nove por cento da população adota atualmente uma alimentação com os vegetais como base. É a conclusão do primeiro estudo sobre a realidade nacional veggie.

Cerca de 9% da população portuguesa é veggie

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Um estudo elaborado pela consultora de inovação espanhola Lantern indica que existem em Portugal cerca de 764 mil adultos veggies, termo que engloba vegetarianismo">vegetarianos (que não incluem carne nem peixe, mas os seus derivados), vegan (que exclui qualquer produto de origem animal) e flexitariana (permite comer carne e peixe, mas só de vez em quando).

O trabalho, designado por “The Green Revolution – Edição de 2019”, indica, assim, que nove por cento da população já assume uma alimentação veggie, sendo que a tendência maior é a de seguir uma menos restritiva dieta flexitária, algo mais visível entre os mais novos, na faixa etária entre os 18 e os 24 anos.

De acordo com um dos sócios da Lantern, David Lacasa, o aumento de pessoas que aderem a este tipo de alimentação justifica-se por uma cada vez maior preocupação com a saúde: “74 por cento dos flexitarianos adotam esta dieta por essa razão”, acrescenta, em entrevista ao jornal Público.

“Este tipo de consumidor entende que um maior consumo de verduras e leguminosas é mais saudável (…). Por outro lado, as dietas mais extremas, como o veganismo ou o vegetarianismo, são mais complexas de seguir e mais rígidas de implementar”, explica.

De acordo com o mesmo inquérito, só no último ano, 43 por cento dos portugueses reduziram ou eliminaram totalmente o consumo de carne vermelha e 54 por cento da população adulta reduziu ou cortou definitivamente o consumo de enchidos.

Decisões que se prendem também com uma vontade de ser mais saudável, mas não só. Lacasa indica que esta tendência de mudança de hábitos alimentares prende-se ainda com “a sustentabilidade e o bem-estar animal”, duas questões que são levadas para outras áreas para lá da alimentação.

“No momento de escolher uma roupa, um perfume ou um produto de cosmética, mesmo os consumidores não veggies (51 por cento) já revelam uma preocupação com a escolha de marcas ‘amigas do ambiente’ e que não testam em animais”.

No caso específico da moda, 63 por cento dos portugueses dizem que não compram produtos de pele, um valor que sobe para os 79 por cento no caso dos veggies. Em produtos farmacêuticos, 44 por cento dos portugueses elegem produtos que não fazem testes em animais (68 por cento de veggies).

O estudo “The Green Revolution, Edição 2019” é elaborado pela consultora de inovação espanhola Lantern, combinando ferramentas de investigação de mercado de âmbito quantitativo e qualitativo.

Para este estudo foi utilizada uma amostra total de mil indivíduos, maiores de 18 anos, residentes em zonas urbanas e rurais em Portugal e de acordo com variáveis como sexo, grupo etário, área geográfica e estratificada, com uma margem de erro de 3,1 por cento.

Fonte: Público

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