Como forma de evitar esse tipo de situação, cientistas norte-americanos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, desenvolveram uma pílula contracetiva que precisa de ser tomada apenas uma vez por mês.

Testada em porcos, a cápsula gelatinosa liberta estruturas de polímero no estômago, que permanecem ali por pelo menos três semanas. Ao longo desse tempo, essas estruturas produzem hormonas que agem no organismo e previnem a gravidez. Com o novo produto, seriam eliminados os casos de gestação devido a falhas na ingestão do medicamento.

Cápsulas similares costumam ser usadas para combater doenças como a malária. O estudo que descreve o desenvolvimento da pílula inovadora foi publicado na revista Science Translational Medicine. Esta é a primeira vez que a técnica é utilizada para fins anticoncecionais.

Estima-se que aproximadamente nove em cada 100 mulheres que recorrem à pílula esqueçam de a tomar diariamente pelo menos uma vez. Dessa forma, a eficácia do medicamento, cerca de 99 por cento, é muito afetada.

De acordo com os cientistas, o consumo mensal do novo fármaco proporciona uma libertação mais lenta e mais prolongada das hormonas com efeitos contracetivos do que a pílula tradicional.

Assim, afirmam, o método revelou-se eficiente e seguro para as mulheres. A expetativa dos cientistas é de que a inovação reduza o número de gravidezes não desejadas.